terça-feira, 29 de setembro de 2009
Professores esperam que oposição ponha fim a medidas polémicas do actual Governo
28.09.2009 - 17h56 Lusa
Os sindicatos de professores esperam o apoio dos partidos da oposição, em maioria no Parlamento, para pôr fim a medidas polémicas do Governo cessante na área da Educação, como a do contestado modelo de avaliação.
“O nosso desejo era que, ganhasse quem ganhasse, não ganhasse com maioria absoluta”, disse o dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerando que “um dos problemas dos últimos quatro anos e meio é que a maioria absoluta não soube negociar”, nem “funcionar com as regras da democracia”.
Mário Nogueira salientou que na última legislatura houve propostas que uniram toda a oposição na Assembleia da República - como a de “contestação ao modelo de avaliação e o fim da divisão da carreira dos professores em duas” - mas que não foram para a frente devido “ao veto sistemático da maioria do Governo”.
Este sindicalista considera que “estão agora criadas melhores condições, porque tudo leva a crer que os partidos irão manter as suas posições em relação àquilo que defenderam e, se assim for, há medidas que foram tomadas e que têm os seus dias contados”.
“Não estamos à espera que a resolução caia do céu: teremos de continuar a fazer-nos sentir e a marcar presença, mas as condições hoje são diferentes, não pela maioria relativa, mas pela maioria absoluta da oposição”, afirmou Mário Nogueira, frisando que espera que o novo governo “saiba ouvir e saiba voltar a ganhar os professores”.
Também João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), afirmou que recorrerá aos partidos da oposição para corrigir o que considera estar mal na Educação. “O Parlamento ganhou maior intervenção e na próxima legislatura não deixaremos de, junto dos partidos políticos na AR, relembrar posições tomadas no passado, no sentido de corrigir orientações do governo anterior, decididas sozinhas e com a contestação generalizada de todos os partidos”, realçou.
Assim que souber quem é o próximo ministro da Educação, a FNE entregar-lhe-á um roteiro para a legislatura com as medidas consideradas necessárias no sector, que já apresentou aos partidos políticos.
► PÚBLICO
Vítimas de cibercrime estão a aumentar
Cuidado. A sua identidade pode estar à venda no mercado negro da internet
Uma em cada cinco pessoas será vítima de cibercrime, diz a empresa de segurança Symantec. Ataques cresceram brutalmente desde 2006
Kashima Brown estava em casa, na Califórnia, quando recebeu o telefonema de um amigo. “O que é que te aconteceu?!”, perguntava ele, preocupado, depois de ter recebido um email urgente a dizer que estava perdida e precisava de dois mil dólares para regressar a casa.
Surpreendida, Kashima negou que estivesse em apuros e considerou que tinha sido alvo de uma brincadeira. Uns minutos mais tarde, outro amigo telefonou com a mesma pergunta, e outro ainda pouco tempo depois. Mas Kashima só ficou verdadeiramente alerta quando a Western Union lhe ligou a confirmar uma transferência de dez mil dólares para uma conta no estrangeiro. Estava a ser vítima de um ataque de cibercriminosos, que roubaram todas as informações da sua conta PayPal depois de Kashima ter caído num esquema de phishing.
“Nunca tinha ouvido falar de phishing e recebi um email da PayPal a dizer que era preciso confirmar alguns dados. Nem hesitei, carreguei no link e fiz o que pediam.” Kashima Brown, que trabalha como analista em São Francisco, escapou por muito pouco ao roubo de identidade de que foi alvo. Mas esta não é a regra, é a excepção: de acordo com os especialistas em segurança da Symantec, empresa que fabrica o software Norton, uma em cada cinco pessoas serão alvo de cibercrime. Muitas delas vão perder milhares de euros e podem até ficar endividadas para o resto da vida. E como funciona o cibercrime? O que a polícia descobriu nos últimos dois anos é, no mínimo, assustador.
Mercado negro
Existe uma economia paralela de piratas, que funciona na internet e que muitos especialistas e agentes da autoridade desconheciam até há pouco tempo. Nestes mercados negros virtuais, há gangues organizados que compram e vendem cartões de crédito, endereços de email, contas bancárias e até identidades completas em modo grossista ― isto é, em pacotes. Cartões de crédito e credenciais de contas bancárias são os maiores alvos. E agora até estão na moda as promoções. Por exemplo: “Oferta especial! Receba um cartão de chamadas grátis por cada pacote de identidades comprado!”
(Continua…)
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Eleições Legislativas 2009 - Resultados globais
Quando falta atribuir apenas quatro mandatos, relativos ao Círculo da Europa, os resultados globais são os indicados no quadro seguinte:
domingo, 27 de setembro de 2009
Manuel Alegre pronuncia-se sobre maioria relativa do PS
Legislativas 2009
Manuel Alegre aponta “virtudes” da maioria relativa
O “histórico” socialista refere que o PS partiu em desvantagem para uma “vitória muito significativa”. Manuel Alegre sublinha as “virtudes” de governar em maioria relativa: obriga a um maior diálogo político e institucional, esforço para ouvir e para dialogar.
PS vence eleições, mas perde maioria absoluta
O Partido Socialista foi o mais votado nas eleições legislativas, com cerca de 36,5%, não se tendo concretizado aquilo que o PS desejaria: a obtenção de uma nova maioria absoluta. O Povo pronunciou-se e castigou a arrogância dos socialistas. Para aprovar as leis na Assembleia da República vai ser necessário dar mais atenção aos outros partidos da Oposição. Acabou o quero, posso e mando. Há valores mais importantes do que a estabilidade…
Para saber mais:
► PÚBLICO
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
OPINIÃO Salvador de Sousa «Precisamos de mudança»
Toda a função pública e outros sectores da sociedade sofreram fortes abanões ao longo destes quatro anos de governo socialista. Foi um autêntico flagelo com tantas medidas, algumas delas, demolidoras de expectativas que se desvaneceram num período tão curto.
Quando entrámos no sistema, assinámos contratos, aceitámos as condições que vigoravam naquele momento, interiorizámos os nossos deveres e os nossos direitos, optámos por uma carreira, esperando, um dia, vir a usufruir, como outros nossos colegas que descontaram e trabalharam como nós, daquilo que sempre contámos desde que assumimos a nossa vida profissional e, repentinamente, tudo se apagou das nossas mentes. Foi uma desilusão! Já há muito tempo que não se via tantas classes profissionais na rua a protestar e, na maior parte dos casos, pouco valeu. As maiorias absolutas são dadas pelos eleitores e, em democracia, o diálogo deve sempre prevalecer, tomando medidas com moderação e nunca contra qualquer classe.
Viremo-nos, mais uma vez, para a minha classe docente que está completamente arrasada por tudo o que se passou ao longo desta legislatura com uma imposição de leis e comentários que feriram muito a nossa sensibilidade. Não éramos merecedores de tudo o que se tem passado! Cento e vinte mil professores na rua não é motivo para reflectir?
Uma classe, praticamente inteira, a lutar contra certas medidas do governo não seria motivo para atenderem às suas reivindicações? Agora é tarde. A falta de comunicação já se arrasta há muito tempo e não é neste final de legislatura que vamos ceder às “palavrinhas meigas”. Os professores e tantos outros eleitores saberão, no dia 27 de Setembro, fazer justiça e votar em quem sempre nos defendeu.
Toda a oposição, a partir de um certo momento, acolheu a luta dos professores, pois teve o bom senso de verificar a enorme intranquilidade e tristeza que a grande maioria da classe docente sente com o crescimento da burocracia; com uma carreira dividida impondo quotas, impedindo muitos professores excelentes de progredirem na carreira; escola a tempo inteiro e aulas de substituição no horário não lectivo que tanta falta
faz para o trabalho individual do professor (preparação de aulas, elaboração e correcção de testes, visitas de estudo, actividades na escola, reuniões…), em suma, há um desgaste enorme com actividades fora da sala de aula, muitas delas do foro mais administrativo.
Colegas, temos, no dia 27 de Setembro, a única oportunidade de contribuirmos para as mudanças destas políticas educativas. Ao lermos os programas eleitorais dos partidos da oposição, verificamos que todos prometem rever o estatuto, a divisão da carreira, os horários de trabalho, a aposentação, a imagem do professor que foi profundamente abalada com este governo, o estatuto do aluno, o facilitismo, a gestão escolar…
Vamos fazer aquilo que não conseguimos ao longo desta legislatura. Tivemos um governo que não quis ceder às nossas principais reivindicações, mesmo com greves que tiveram adesões muito perto dos 100 por cento e com manifestações que levaram os professores quase todos às ruas de Lisboa e às capitais de distrito, não falando em tantas outras acções de protesto. Expressemos tudo aquilo que abala o nosso íntimo, descarregando as nossas mágoas e a nossa revolta para que voltem às nossas escolas o sossego e a motivação que sempre tivemos.
Vamos votar, expressando o nosso descontentamento e sendo gratos para com os dirigentes políticos que lutaram ao nosso lado com a força e a coragem que, a meu ver, sempre apreciámos.
Salvador de Sousa
Professor da Escola Monsenhor Elísio de Araújo
(Pico de Regalados, Vila Verde)
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Plano Tecnológico para a Educação terá continuidade se…
Maria de Lurdes Rodrigues garante que no caso de o PS ser reeleito o Programa Tecnológico para a Educação prosseguirá. Vários pais de alunos a começar as aulas no 1.º ano estão preocupados, porque não podem, para já, candidatar-se ao computador Magalhães. A ministra da Educação garante que este ponto e os restantes do programa tecnológico vão manter-se, se o PS voltar a formar Governo.
Docentes iniciam Formação para os Novos Programas de Língua Portuguesa do Ensino Básico
É iniciada amanhã, dia 24 de Setembro, a Formação para os Novos Programas de Língua Portuguesa do Ensino Básico.
A lista dos docentes que participarão nesta formação está disponível no sítio da DGIDC (Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular).
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Incêndios já consumiram este ano mais floresta e mato do que em anos anteriores
Lisboa, 22 Set (Lusa) ─ Mais de 58 mil hectares de floresta e mato arderam desde o início do ano, quase cinco vezes mais do que no mesmo período de 2008, segundo dados provisórios da Autoridade Florestal Nacional (AFN) divulgados hojeComentar Artigo
O relatório provisório de incêndios florestais, disponível na página da Internet na AFN, refere que entre 1 de Janeiro e 15 de Setembro arderam 58 612 hectares (ha), na sua maioria matos (40 759 ha ), enquanto no mesmo período do ano passado a área ardida foi de 12 447.
Os dados provisórios mostram, igualmente, que a área ardida até 15 de Setembro deste ano supera os totais de 2007 e 2008, quando arderam 31 459 e
Como alcançar a felicidade?
Chefes de Estado e de Governo debatem na ONU as alterações climáticas
Esta cimeira em Nova Iorque visa preparar o encontro em Dezembro, na Dinamarca, onde vai ser aprovado o tratado sobre a redução global das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Este novo acordo deverá substituir o Protocolo de Kyoto, de 1997, cuja validade termina em 2012.
Fonte: RTP
Hugo Chávez implementa Plano Revolucionário da Leitura
[…] the government is encouraging the formation of Revolutionary Reading Squadrons: state-sponsored book clubs, formed in schools, unions, libraries or neighborhood centers, led by a designated Promoter of the Revolutionary Reading Plan, and following a set list of 100 books the government has drawn up. The books are chosen for their ability to, among other things, “strengthen our Latin American and anti-imperialist identity” and “develop a new ethics based on socialist education and culture.”
Fonte: PublishingPerspectives.com
A legislatura em bonecos: 2005-2009
A poucos dias das eleições, a legislatura encontra-se na recta final. A apresentação anexa retrata-a com um olhar pessoal sob a forma de uma selecção de bonecada que foi publicada no blog Fliscorno.
http://www.slideshare.net/
Pacheco Pereira diz que Cavaco interferiu nas eleições ao demitir assessor
Pacheco Pereira considerou, esta terça-feira, que o Presidente da República acabou por interferir na campanha eleitoral ao falar «através da demissão» de Fernando Lima. Para o cabeça-de-lista do PSD pelo distrito de Santarém, Cavaco Silva «já está inevitavelmente comprometido» com o resultado das eleições.
«O Presidente da República tem certamente coisas graves para dizer ao país e entendeu que se as dissesse interferia no acto eleitoral. Muito bem, compreende-se que o faça, embora também se interfira na campanha por omissão», escreveu Pacheco Pereira, num texto intitulado «Notas soltas quase sem tempo: interferir por acção e interferir por omissão», publicado no seu blogue.
O social-democrata considerou que Cavaco Silva rompeu o silêncio ao falar «através da demissão do seu assessor de imprensa e, sendo assim, interferiu de facto na campanha eleitoral».
«Mais valia agora que dissesse tudo para não acordarmos no dia 28 sabendo coisas que mais valia que fossem conhecidas já. Para contarem para a decisão de voto dos portugueses, com cujo resultado final ele já está inevitavelmente comprometido», considerou.
Na análise do comentador da TSF Mário Bettencourt Resendes, as palavras de Pacheco Pereira mostram o «incómodo» que existe na direcção do PSD, incluindo na própria líder do partido, porque Manuela Ferreira Leite «tem a clara noção que utilizou este episódio na campanha», sendo que a demissão de Fernando Lima é algo que não correu bem ao partido.
«Se o Presidente não esclarecer publicamente este episódio antes das eleições e depois de domingo vier a público com factos que eventualmente tenham gravidade, os portugueses votaram com desconhecimento de alguma coisa importante», disse.
Por outro lado, acrescentou, se Cavaco Silva «vier dizer que nada se passou» fica ele próprio «numa situação fortemente fragilizada do ponto de vista político».
Fonte: TSF
Cinco dirigentes da CONFAP pedem demissão por discordarem do rumo imposto por Albino Almeida
Por “discordâncias internas sobre políticas de educação”
Cinco dirigentes da Confap demitem-se
21.09.2009 - 14h48 Lusa
Cinco dirigentes da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) pediram a demissão devido a “discordâncias internas sobre políticas de educação nacional”, anunciou o vice-presidente demissionário da estrutura António Amaral.
Dos cinco dirigentes associativos, três pertencem ao Conselho Executivo (Gina Oliveira, Fernando Coelho e António Amaral), e os restantes faziam parte do Conselho de Jurisdição e Disciplina (António Farto e Agostinho Almeida).
O motivo da demissão prende-se com “as posições de apoio do presidente da Confap ao Governo” e ao facto de estas “não terem eco nas associações de pais do distrito de Setúbal”, que os demissionários representam, explicou António Amaral.
A demissão dos dirigentes prende-se também com “sérias preocupações de que a Confap não vai por um caminho de independência” em relação ao poder político e ao actual governo, explicou ainda o dirigente associativo.
A decisão dos cinco dirigentes foi tomada a 12 de Setembro, durante uma reunião executiva, disse o vice-presidente demissionário, explicando ainda que “o processo não está formalizado porque falta comunicar ao presidente da Assembleia-geral”.
Os membros eleitos das associações de pais do distrito de Setúbal pretendem “uma Confap forte, ligada às associações de pais e independente do poder político”, concluiu António Amaral.
O presidente da Confap escusou-se a comentar a demissão de cinco dirigentes, alegando tratar-se de um assunto “interno” da Confap que será resolvido “nos órgãos próprios”.
“Não vou comentar. É um assunto interno da Confap que será resolvido nos órgãos próprios. Não vou acrescentar mais nada”, afirmou Albino Almeida.
Fonte: PÚBLICO