Inesperadamente, o Governo extinguiu os dois Agrupamentos de escolas existentes neste concelho, fundindo-os num, sendo adoptada a denominação Agrupamentos de Escolas de Cabeceiras de Basto. Ninguém estaria à espera desta reorganização nesta altura, até porque havia a possibilidade de isto acontecer no próximo ano.
Consta-se que como o presidente da Câmara Municipal deste concelho gosta de ser pioneiro, deu o seu aval para que isto se verificasse já este ano.
Segundo apurei, a Directora do Agrupamento, Senhorinha Pires, foi informada telefonicamente do facto consumado e convidada a integrar a Comissão Administrativa Provisória (CAP), o que recusou liminarmente. No entanto, aceitou desempenhar as funções de Coordenadora de estabelecimento.
Recordo que o concelho de Cabeceiras de Basto foi também pioneiro na criação de agrupamentos de escolas. Na época, foi tido como guia o estudo elaborado por Jorge Machado, que integra actualmente a vereação da Câmara Municipal eleito nas listas do PS, que apontava como ideal a criação de quatro agrupamentos: Refojos, Arco de Baúlhe, S. Nicolau e Cavez.
Ao fim de poucos anos, o de S. Nicolau foi extinto, dizendo alguns que os motivos para isso residiam no facto de o director do mesmo ser muito crítico em relação a Joaquim Barreto e exigente no cumprimento das competências que à autarquia diziam respeito.
Por razões políticas, manteve-se o de Cavez mais alguns anos. Agora termina também o de Arco de Baúlhe, a quem alguns apelidavam jocosamente ‘O último reduto gaulês’…
Pergunta-se então: qual foi a utilidade de andar a fazer experiências? Quanto dinheiro foi gasto no cumprimento de caprichos pessoais?
Mas o caso agora é mais grave… Esta situação afectará irremediavelmente a vida de muitas pessoas. Os primeiros a senti-lo serão os Professores Contratados, alguns a leccionar ali há já alguns anos, que estão apreensivos com tal situação, e que já dizem que irão ter muita pena de sair daquela escola, caso não haja vaga para ali continuarem. Mas esta mudança também atinge os funcionários.
Nos tempos que correm, a governação socialista apenas vê números onde outros vêem pessoas…
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