segunda-feira, 14 de junho de 2010
Problemas do Ensino analisados por M.ª do Carmo Vieira
Novo livro da Fundação dirigida por António Barreto é uma reguada no ensino do português
Nos anos 1980, Maria do Carmo Vieira, formada em românicas, deixou de querer dar Francês. “Os textos passaram a ser só sobre queijos e cantores pirosos. A gramática era reduzida e o pretérito perfeito passou a ser considerado um conhecimento passivo, não era para ser ensinado”, conta ao i. Admite, perante o fumo, não ter havido uma mobilização maior da classe, que contribuiu para o estado do ensino. “Nós não acreditámos que isto havia de se concretizar e por isso deixámos andar”, lamenta. A leitura não é derrotista, mas um mea culpa com vontade de participar na solução.
Dedicou-se de corpo e alma ao Português ─ que ensina há 34 anos ─ e foi uma das mentoras do movimento contra o novo acordo ortográfico. Foi a experiência que motivou o convite do sociólogo António Barreto para assinar o primeiro de uma colecção de três de livros da Fundação Francisco Manuel dos Santos ─ criada no ano passado para aprofundar o conhecimento sobre o país. O ensaio “O Ensino do Português” chega hoje às bancas e é uma reguada à educação nacional e ao ensino da língua materna.
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