De como os mega agrupamentos podem reduzir o controlismo sobre os docentes e as funções burocráticas e administrativas
Esta é a tese de Ramiro Marques, que vê nos mega-agrupamentos uma forma de tornar difuso ou impossível o controlo da qualidade dos processos educativos e para quem o problema é só dos directores que perderam o lugar.
A minha visão é totalmente diferente. Os mega-agrupamentos são a consagração oficial "da anarquia organizada", da "balcanização" das organizações escolares, dos "sistemas debilmente articulados", da impossibilidade de unidade de referência na acção educativa, como a investigação largamente documenta. Por outro lado, poderão ser um instrumento de diluição de responsabilidade, de acréscimo de dificuldade de articulação vertical e horizontal. A ineficiência e ineficácia da acção serão muito mais plausíveis nestes monstros organizacionais.
E mesmo os que se esforçam por mostrar a poupança na contabilidade, tendem a esquecer os custos associados. A minha hipótese (a investigar) é que os prejuízos são superiores às poupanças.
Com a devida vénia ao José Matias Alves
(Blogue Terrear)
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