Relatório OCDE
FNE: Resultados são positivos, mas não avaliam percurso escolar
por Lusa
A Federação Nacional da Educação (FNE) reconheceu como positivos os resultados que aproximaram Portugal da média da OCDE na avaliação dos alunos, mas frisou tratar-se de um estudo feito com base num exame e não no percurso escolar.
“Os resultados demonstram uma melhoria no comportamento dos alunos, uma progressão no posicionamento de Portugal, em relação a outros países da OCDE, o que significa um esforço significativo feito pelos nossos professores, alunos e escolas, no sentido da melhoria dos conhecimentos e das competências”, afirmou o secretário-geral da FNE após a apresentação, em Lisboa, dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Para João Dias da Silva, é fundamental para Portugal que a aposta na Educação continue, mesmo num contexto de crise.
“É preciso agora que não se tomem medidas que ponham em causa aquilo que são os resultados positivos que este estudo apresenta”, disse o responsável da FNE, sublinhando, porém, a natureza do trabalho apresentado, por se focar num momento de avaliação. “Temos de contextualizar este estudo na sua exacta dimensão, mas não deixamos de reconhecer que é importante, significativo, e que nos dá nota positiva do trabalho que é desenvolvido nas nossas escolas, pelos nossos professores e alunos”, afirmou Dias da Silva.
Precisou, no entanto, que o estudo tem “insuficiências” que estão “detectadas” por todos: “Analisa os alunos num único momento, numa única etapa, não avalia a qualidade do percurso escolar do aluno, porque se limita a um teste realizado por uma única vez”. Assim, justificou, não é um estudo que seja longitudinal e que permita, por exemplo, “verificar aqueles alunos que foram avaliados em 2000 e que se fossem testados agora em que ponto estariam e com que qualidade do seu percurso de participação no mundo do trabalho”. Segundo João Dias da Silva, há ainda muitas perguntas que ficam sem resposta neste estudo, que deve ser avaliado na sua “exacta dimensão”, sem “extrapolar excessivamente”.
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