O jornal i publicou, no passado dia 29 de Maio, um dossiê, assinado por Maria João Avillez, sobre antigos governantes, explicando que «um conjunto de notáveis votou nos melhores ministros da democracia». Os vencedores comentaram os seus mandatos. Aqui fica o que se refere a Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação:
«Encontrei Maria de Lurdes Rodrigues ao leme da Fundação Luso-Americana. Feliz com o novo ofício, foi direita ao assunto. Sem sombra de ressentimento, antes com a consciência e o empenho ainda vivo de quem “serviu”: “Sinto-me muito realizada porque tive uma oportunidade única para, através de algumas acções concretas, ter melhorado a escola pública.”
Eis, dados por ela, os melhores exemplos:
“a) O conjunto de medidas para melhorar a qualidade do 1.º ciclo do ensino básico, que generalizou a escola a tempo inteiro com funcionamento até as 17h30, ensino de Inglês, actividade física e desportiva e estudo acompanhado para todas as mais de 400 mil crianças. b) Os cursos profissionais criados em todas as escolas secundárias públicas, que permitiram que muitos mais alunos frequentassem o ensino secundário. Aliás o número de alunos passou de 28 mil, em 2005, para 125 mil, em 2009. Foi uma medida importante porque fez baixar drasticamente o abandono escolar precoce. c) Recordo também as Novas Oportunidades que atraíram para a escola e para os programas de formação profissional mais de um milhão de adultos, dos quais mais de 350 mil viram já reconhecido o seu esforço e o seu mérito...”»
Comentário:
A antiga governante continua sem perceber que fez mais mal do que bem à Educação deste País. Além de ter semeado nas Escolas um clima de desconfiança entre colegas e de os ter levado quase à exaustão, não conseguiu pôr em prática o seu sistema de avaliação chileno.
Houve durante o seu mandato uma “diarreia legislativa” que nada mudou daquilo que efectivamente deveria mudar. Os resultados da sua política autoritária e cega aparecerão, quando for feito um balanço desapaixonado da sua acção, mas por pessoas que não sejam juízes em causa própria.
Pela minha parte, nunca gostei da postura daquela ministra, nem daquilo que afirmava, nem daquilo que decidia através de legislação, sem consultar os representantes dos docentes. Contribuiu, em larga medida, para lançar um anátema sobre os Professores deste País. Continua com a certeza da bondade das suas medidas. Não aprendeu nada!...
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