quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

‘Bons’ sem garantia de chegar ao topo

Um elemento decisivo impediu ontem um acordo entre o Ministério da Educação e os sindicatos: o Governo não garante o acesso ao topo da carreira a todos os docentes avaliados com ‘Bom’, como exigiam as estruturas sindicais. Uma reunião extra marcada para dia 7, em que o Governo vai apresentar uma nova proposta, constitui a última possibilidade de entendimento. Mas a ministra da Educação, Isabel Alçada, já deixou ontem claro que não cederá mais neste ponto específico.

No início da carreira, todos os professores, potencialmente, podem chegar ao topo, mas não podem ter todos a garantia de que chegam. Isso não acontece em nenhuma carreira e seria uma injustiça relativa. Esperamos que os sindicatos façam um esforço de aproximação”, disse Isabel Alçada em conferência de imprensa, no final de uma maratona negocial de quase 12 horas, frisando que “a classificação de ‘Bom’ abrange um quadro muito amplo de professores”. (+)


Correio da Manhã

Projecto do Governo afogou-se?

Um milhão e 250 mil euros foi quanto o estado investiu, há mais de um ano, naquilo que dizia ser um projecto pioneiro, em termos mundiais, no campo das energias alternativas. Um milhão e 250 mil euros para a construção do Parque de Ondas da Aguçadoura. Nós por cá fomos agora ver o que é feito do projecto e que energia foi já produzida através das ondas do mar, 15 meses depois do anúncio.

Nós Por Cá | 28/12/2009


Uma nova estratégia, os mesmos resultados

Estatuto da Carreira Docente

“Será falta de experiência negocial?”

30.12.2009 - 22:25 Por Graça Barbosa Ribeiro

Aquele que supostamente seria o último dia de negociações sobre o estatuto da carreira docente e o novo modelo de avaliação dos professores acabou em clima de desorientação. Face ao desacordo das mais representativas federações sindicais, a ministra da Educação decidiu reformular a proposta, marcando nova reunião para a próxima quinta-feira. Mas ainda mal os sindicalistas tinham tido tempo de comentar a decisão já Isabel Alçada anunciava, em conferência, que não irá ceder num aspecto de que as duas federações dizem não abdicar.

“O que é que terá acontecido? Falta de experiência negocial? Não sei e não vou classificar isto. Vamos ver. O importante é resolver os problemas dos professores”, comentou João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional de Sindicatos da Educação (FNE), esta noite, depois de se dizer “surpreendidíssimo” pelo evoluir dos acontecimentos.

Pouco depois, era Mário Nogueira, líder da Federação Nacional de Professores, (Fenprof) que, também em declarações ao PÚBLICO, hesitava no comentário às afirmações da ministra, que numa conferência de imprensa transmitida em directo pelas várias estações de televisão, depois das 20h00, acabara de insistir na afirmação de que os sindicatos não poderiam ter a expectativa de ver satisfeita a sua principal reivindicação ― a de que todos os professores classificados com Bom [e não apenas aqueles que atingirem o Muito Bom ou o Excelente] terão a possibilidade de atingir o topo da carreira.

“A ministra disse isso!? Não ouvi, não tive oportunidade. Mas, a ser assim, para que seria a reunião? Deixámos muito claro que não abdicamos desse princípio e foi o próprio ministério a sugerir a reformulação da proposta”, reagiu Nogueira. Tal como Dias da Silva escusou-se, contudo, a fazer mais comentários, num dia marcado por surpresas.

Para alguns, os imprevistos começaram pela manhã. Os dirigentes da FNE foram para a reunião com a convicção de que o ministério acabaria por ceder, hoje, naquilo que, acreditavam, apenas negara na proposta de segunda-feira para ganhar margem de negociação. Mas Isabel Alçada não correspondeu à expectativa, mantendo que “seria uma situação de excepção e de injustiça relativa” a outras carreiras que “todos os professores classificados com Bom pudessem atingir o topo”.

Aquele foi apenas o primeiro desvio à habitual rotina das negociações. Depois de João Dias da Silva abandonar o encontro, negando o acordo e dizendo que iria decidir se pediria ou não negociação suplementar, ninguém esperava que a reunião com a Fenprof, com posições habitualmente mais radicalizadas, pudesse ter desfecho diferente.

Assim terá pensado, pelo menos, o deputado social-democrata Pedro Duarte, que de imediato prestou declarações púbicas. Criticou o Governo, acusando-o de não ter tido “competência para chegar a acordo”, e anunciou que iria promover o regresso da questão ao parlamento, através de uma proposta à Comissão de Educação para que se fizesse uma nova ronda de audiências com a ministra e os representantes dos sindicatos.

Acontece que a reunião da tarde, que começou com quase uma hora de atraso, não foi um baixar de braços. Os representantes do ministério, incluindo Isabel Alçada, quiseram falar sobre cada um dos trinta aspectos reivindicados pela Fenprof em contraproposta enviada esta semana. E, segundo Mário Nogueira, “ficaram bem cientes de que o último” de que falaram ― precisamente o que se referia à progressão dos “Bons” ― “era inegociável”.

Foi nesse contexto – e depois de os representantes da Fenprof declararem que não pediriam negociação suplementar se não houvesse abertura para alterar aquele ponto em concreto, disse Nogueira ― que os representantes do ministério decidiram, eles próprios, avançar com o pedido de mais uma reunião.

Nem uma hora depois, contudo, Isabel Alçada afirmava, em conferência de imprensa, que a reformulação daquele ponto não era uma possibilidade.

Apanhado de surpresa, Nogueira afirmou que, se assim for, “nem vale a pena fazer a reunião”. João Dias da Silva, que largos minutos após a conferência de imprensa não fora sequer informado da mudança de estratégia do Governo, mostrou-se igualmente surpreendido: “Se não está em aberto, para que será a reunião?”

Contactado pelo PÚBLICO, Pedro Duarte, do PSD, não recuou em relação às afirmações que fizera ao princípio da tarde. “Não andamos a brincar – para nós isto acabou hoje e segunda-feira vamos propor o pedido de audiências. Se entretanto houver acordo, melhor”, afirmou.

Fonte: PÚBLICO

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ministério da Educação ludibria os Professores?

Alçada ainda não satisfez pretensões de sindicatos

Proposta não corresponde às expectativas e amanhã poderá não haver entendimento

ALEXANDRA MARQUES

Os sindicatos estão insatisfeitos por promessas verbais do ME não constarem no documento ontem entregue. Em causa está a pretensão de que todos os docentes com “Bom” possam atingir o topo da carreira antes de se reformarem.

“Nos termos em que é feita esta proposta, obviamente não merece o nosso acordo. E carece de muitas alterações para o ter”, afirmou, ontem, ao JN, o presidente da Fenprof ― que representa 70% dos professores sindicalizados.

“Há um conjunto de alterações profundas que terão de ser feitas”, adiantou Mário Nogueira, referindo que ainda hoje será enviado ao Ministério da Educação (ME) “o que propomos em alternativa”. Amanhã de manhã realiza-se uma reunião do secretariado-geral da Fenprof e à tarde é o encontro na 5 de Outubro, entre organizações sindicais e ME.

“A garantia dada verbalmente pelo Ministério da Educação em reuniões anteriores de todos os docentes com ‘Bom’ terem a expectativa de, em tempo útil, acederem ao topo da carreira tem de ficar bem clarificada no texto e este ainda não é suficientemente claro quanto a isso”, diz, por sua vez, João Dias da Silva, da FNE.

“As propostas carecem de correcção e de serem melhoradas”, disse Dias da Silva ao JN. “Este documento ainda não corresponde às nossas expectativas, mas esperamos chegar quarta-feira a um que nos satisfaça”, concluiu.

Na mesma linha, o presidente da Fenei/Sindep diz que “a proposta é extremamente ambígua e não responde aos objectivos discutidos verbalmente com a ministra e o secretário de Estado”, sobre o mesmo ponto.

Carlos Chagas aponta que não é consagrada, “quanto à avaliação, a definição e a autonomia do Conselho Pedadógico, que depende exclusivamente do director de escola, o que não aceitamos”. Censura também o regime para os “Bom” sem vaga. “Contém grandes arbitrariedades, pois passam uns e outros ficam retidos ao lado dos que tiveram ‘Regular’”. E, ao invés de Dias da Silva, não vê “indícios de entendimento” para a reunião de amanhã.

Já Júlia Azevedo, presidente do SIPE, contesta o aumento de um escalão numa carreira de 34 anos e “a blindagem” que são as vagas, “que impedem de chegar ao topo e cortam o vencimento de 1 200 euros dos docentes do 2.º escalão”.

“É muito parecida com a proposta inicial. Mantém as vagas e a prova de ingresso”, diz. Também Paulo Guinote contesta o exame de ingresso depois de cinco anos de Bolonha (licenciatura e mestrado) por ser “mais um estágio”.

Por fim, diz que a prioridade dada aos classificados com “Bom” se não houver vaga “é ridícula”. “É como estar numa fila e só passar porque se ficou um ano à espera.”

Fonte: Jornal de Notícias

Ministério da Educação enviou proposta de acordo a sindicatos

A proposta visa um acordo de princípios para a revisão do estatuto da carreira docente e do modelo de avaliação. A reunião da próxima quarta-feira é a última no calendário acordado entre as partes.

Medidas travestidas de boas pelo Ministério da Educação serão recusadas pelos docentes

Educação

Professores avaliados com 'Bom' têm prioridade no ano seguinte


Os professores avaliados com 'Bom' mas sem vaga para atingir o 3.º, 5.º e 7.º escalões têm prioridade no acesso àqueles lugares no ano seguinte, a seguir aos classificados com 'Muito Bom' e 'Excelente'

A proposta enviada hoje pelo Governo aos sindicatos estabelece que a progressão àqueles escalões dependerá da fixação anual de vagas, às quais terão acesso garantido os avaliados com 'Muito Bom' e 'Excelente'.

Em 2010, o despacho governamental que fixar o número de vagas para a progressão ao 3.º, 5.º e 7.º escalões vai assegurar «pelo menos» a subida de 80, 50 e 30 por cento, respectivamente, dos candidatos estimados a cada um dos escalões.

No entanto, os docentes avaliados com 'Bom' mas que não tenham obtido vaga têm prioridade no ano seguinte, imediatamente a seguir aos avaliados com as notas mais altas.

A observação de aulas é um dos requisitos para aceder ao 3.º e 5.º escalões, segundo a proposta do Ministério da Educação.

«O preenchimento de vagas far-se-á de acordo com uma lista graduada em função do resultado da avaliação do desempenho e demais elementos relevantes para a progressão», lê-se no documento.

Quanto a bonificações, duas classificações consecutivas de 'Excelente' ou 'Excelente' e 'Muito Bom' permitem uma bonificação de um ano no acesso ao escalão seguinte.

Duas notas de 'Muito Bom' seguidas permitem uma bonificação de seis meses.

O Acordo de Princípios para a Revisão do Estatuto da Carreira Docente e do Modelo de Avaliação dos Professores consagra o fim da divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas e a existência de 10 escalões, com a permanência de quatro anos em cada um, à excepção do 5.º, cuja duração será de dois anos.

Ou seja, um professor poderá alcançar o topo da carreira ao fim de 34 anos, isto se não for alvo de qualquer bonificação.

O Ministério da Educação mantém uma prova pública de ingresso na profissão, bem como um período probatório de um ano.

Lusa / SOL

Ministério da Educação tira o véu

Alguém teve alguma vez a secreta esperança de que o actual Ministério da Educação pudesse modificar a filosofia seguida na Educação? Eu nunca acreditei que tal pudesse acontecer, conforme fui escrevendo neste blogue…

Esta proposta do Ministério da Educação vem demonstrar que efectivamente nunca houve boa-fé por parte dos governantes. O facto de o Governo querer manter a avaliação em ciclos de dois anos, como fora inicialmente previsto, é inaceitável. Assim como não pode ser aceite a proposta de quotas para o acesso aos 3.º, 5.º e 7.º escalões.

Esta proposta do Ministério da Educação faz-me lembrar a anedota do provinciano que vai à cidade e resolve comprar umas calças e uma camisa. Não vou contá-la, porque poderia ferir as almas mais sensíveis...

Algum sindicato poderá algum dia assinar uma coisa destas?

Os governantes julgarão que os docentes são obtusos?

Lá vão os sindicatos ser outra vez apelidados de irredutíveis!...

De que lado está a intransigência?

Eis o que o Ministério da Educação propõe aos sindicatos, documento que será discutido na próxima reunião, a realizar no dia 30 de Dezembro.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Yves Rocher est mort

L’industriel français est décédé samedi à Paris, à l’âge de 79 ans. Le groupe de produits de beauté, auquel il a donné son nom, emploie plus de 15.000 personnes dans le monde. Son petits-fils, Bris Rocher, prend sa succession.

Yves Rocher, entrepreneur français ayant fondé l'enseigne de produits de beauté qui porte son nom, est décédé ce samedi à Paris, à l'hôpital Lariboisière. Il était âgé de 79 ans.

Né le 7 avril 1930 à La Gacilly, un bourg du Morbihan dont il a été le maire (divers droite) pendant quarante-six ans, de 1962 à 2008, Yves Rocher a su jouer très tôt la carte écologiste. Après avoir écoulé par petites annonces dans «Ici Paris» une pommade contre les hémorroïdes dont une guérisseuse bretonne lui avait donné la formule, il fonde la célèbre marque de cosmétiques en 1959, appuyant son développement sur le choix de «la beauté par les plantes», et refusant tout produit de synthèse.

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LE FIGARO

domingo, 27 de dezembro de 2009

Governo recompensa um dos “13 apóstolos da avaliação”

Governo acusado de recompensar professora que apoiou avaliação

por PATRÍCIA JESUS

Armandina Soares foi uma das poucas professoras que deram a cara no apoio ao modelo de avaliação proposto pelo Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues. Este mês foi nomeada pelo Governo para integrar o CNE

A nomeação de Armandina Soares para o Conselho Nacional de Educação (CNE) está a gerar polémica entre os professores. Isto porque a sua escolha é vista como uma recompensa por a directora do Agrupamento de Escolas de Vialonga ter sido uma acérrima defensora da política educativa da anterior ministra. E também porque é encarada como um sinal de que há a intenção de continuar na mesma linha.

O CNE é um órgão consultivo, instituído nos anos 80 com o objectivo de ajudar o Governo a tomar decisões. Inclui dezenas de representantes de várias instituições e sete membros nomeados directamente pelo Governo (ver caixa). Entre os sete novos conselheiros, designados a 14 de Dezembro para um mandato de quatro anos, está Armandina Soares.

Para o professor Paulo Guinote, autor do blogue Educação do Meu Umbigo, esta nomeação é uma “recompensa pelo apoio que foi dado à política do anterior Governo”. Paulo Guinote lembra que Armandina Soares deu a cara pelo grupo de 13 professores que publicamente apoiaram o modelo de avaliação proposto pela equipa de Maria Lurdes Rodrigues. “Foi recompensada com a ida para o Conselho de Educação, o que, atendendo ao seu currículo, pode ser considerado inesperado”, diz.

Para Ilídio Trindade, do Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), a escolha de pessoas que foram defensoras “acérrimas” da política educativa da anterior ministra vem reforçar a convicção de que “uma das intenções do actual Governo é prosseguir com as mesmas políticas na educação”, apesar de lhes ter dado um novo rosto ao mudar a ministra.

Já Mário Nogueira, da Fenprof, considera a nomeação “adequada”. “O Governo indica pessoas porque lhes reconhece mérito ou porque se identificam com as suas políticas. Neste caso é a nomeação de alguém que o Governo sabe que esteve e vai estar sempre do seu lado, mesmo quando não houver argumentos”, conclui. O Ministério da Educação, por seu lado, não comenta as nomeações.

Armandina Soares é docente há 37 anos e já tinha sido distinguida pela tutela com o Prémio de Mérito Liderança em 2007. Em 2004 foi agraciada pelo presidente Jorge Sampaio com as insígnias de grande-oficial da Ordem de Instrução Pública.

Fonte: Diário de Notícias

OPINIÃO > Miguel Ángel S. Guerra: «Mercenarios de la educación»

Escribo este artículo el 22 de diciembre, día en el que se celebra en España el sorteo de la Lotería Nacional de Navidad. Me pregunto qué es lo que harían algunos profesores y profesoras si les tocase el primer premio, lo que aquí llamamos “el gordo”. Es decir, un premio multimillonario. ¿Seguirían trabajando, yendo cada mañana a las clases? ¿O se largarían a toda velocidad de la escuela? Hay quien lo dice así de claro la víspera del sorteo:
― Como mañana me toque la lotería, no vengo ni a recoger mis cosas.

Y es que para algunos la tarea de la enseñanza sólo es una forma de ganarse el sustento y, por consiguiente, una forma de conseguir el dinero necesario para vivir.

Yo creo que se puede vivir la profesión de otra manera. Disfrutando de ella. Sabiendo que no es sólo una forma de ganarse la vida sino, como dice Emilio Lledó, una forma de ganar la vida de los otros.

Se puede disfrutar o se puede padecer la profesión. En cada uno está la capacidad de mantener una u otra actitud.

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El Adarve

La sociologie de l'éducation en France

Après Émile Durkheim, ce sont Pierre Bourdieu et Jean-Claude Passeron qui ont vraiment donné naissance à la sociologie de l'éducation. En diversifiant ses objets de recherches et en se recentrant sur les stratégies des acteurs, la sociologie contemporaine est aujourd'hui en recherche de nouveaux cadres théoriques.

Génese et objet

Émile Durkheim (1858-1917) est le précurseur incontesté de la sociologie de l'éducation. Bien qu'il n'ait pas publié sur ce sujet de son vivant, il a donné de nombreux cours de sociologie de l'éducation à la Sorbonne, où il a occupé à partir de 1906 une chaire de sciences de l'éducation. Ses leçons ont été réunies, avec d'autres textes, dans trois publications posthumes : Education et Sociologie (1922), L'Education morale (1925) et L'Evolution pédagogique en France (1938). E. Durkheim applique à l'éducation le principe fondateur qu'il avait formulé dans Les Règles de la méthode sociologique (1895) : « Les faits sociaux doivent être considérés comme des choses. » Il insiste sur la relation étroite qui unit les structures politiques et sociales avec les pratiques éducatives en vigueur dans une société et les formes scolaires qui s'y développent. Il analyse par exemple l'essor des collèges au XVIIe siècle comme le signe d'une généralisation des modes d'éducation aristocratiques au profit de la bourgeoisie montante. E. Durkheim met aussi en évidence la fonction de socialisation que remplit l'école dans les sociétés modernes : « L'éducation consiste en une socialisation méthodique de la jeune génération. » Il conçoit cette socialisation comme la transmission de valeurs et de normes communes à tous les individus de la même société, « à quelque catégorie sociale qu'ils appartiennent ». Après lui, il a fallu attendre les années 60 pour que les questions d'éducation réapparaissent dans les interrogations sociologiques en France.

Des processus de sélection sociale masqués

Ce sont surtout Pierre Bourdieu et Jean-Claude Passeron qui ont fait de la sociologie de l'éducation une préoccupation importante de la sociologie contemporaine en publiant Les Héritiers (1964) et La Reproduction (1970). Ils y prennent en quelque sorte le contre-pied de l'analyse de E. Durkheim. Leur thèse centrale est que l'école reproduit les inégalités sociales à travers des méthodes et des contenus d'enseignement qui privilégient implicitement une forme de culture propre aux classes dominantes. La pratique du cours magistral, qui se fonde sur l'usage d'un langage cultivé sans en dévoiler les mécanismes, induit une « complicité cultivée » entre les enseignants et les élèves des milieux culturellement favorisés, déjà accoutumés à ce type de rapport au langage. Sous couvert d'universalisme, l'école leur permettrait en fait de faire fructifier le « capital culturel » que leur transmettent leurs parents. Là où E. Durkheim voyait la transmission de valeurs communes, P. Bourdieu et J.-C. Passeron dénoncent une légitimation des inégalités, puisque l'école masquerait derrière un discours sur l'égalité des chances des processus de sélection sociale qui aboutissent à justifier ces inégalités par la sanction du diplôme scolaire.

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sCIENCES HUMAINES

Albufeira do Fridão inundará terrenos de 5 concelhos

sábado, 26 de dezembro de 2009

Anúncio da ministra da Educação provoca inquietação nos docentes

Docentes pedem à ministra para não cortar a sua disciplina

24.12.2009 - 09:45 Por Bárbara Wong

As associações de professores estão de acordo: os alunos do 3.º ciclo estão sobrecarregados, têm disciplinas a mais. Mas, quando se lhes pergunta onde cortar, defendem a sua disciplina e até pedem mais tempo para ela. Talvez cortar nas áreas curriculares não-disciplinares, avançam, mas o conteúdo destas também é necessário, contrapõem logo de seguida. Uma coisa é certa: querem ser ouvidos pelo Ministério da Educação. Afinal, são eles que estão nas escolas e têm o “saber profissional”.

Na segunda-feira, a ministra da Educação, Isabel Alçada, anunciou que o 3.º ciclo do ensino básico terá um novo currículo, já a partir do próximo ano lectivo. A carga horária é para manter, logo, a tutela tenciona mexer no número de disciplinas. O objectivo, precisou Alçada, é que os alunos tenham “mais tempo” para trabalhar cada disciplina. Haverá “menos dispersão”, acrescentou.

A semana passada, no Conselho Nacional de Educação, a ministra avançou alguns pormenores: além das competências básicas na área da leitura, escrita, Matemática e Ciências, também as Tecnologias de Informação e Comunicação são consideradas essenciais.

Se, no 1.º ciclo, os alunos têm quatro áreas obrigatórias, quando chegam ao 3.º ciclo estas disparam para mais do triplo, com 14 disciplinas, que podem ser 15 com Educação Moral e Religiosa (facultativa). No secundário, nos cursos gerais, as disciplinas diminuem para quatro de formação geral e cinco de formação específica.

Com a pressão que existe sobre a Matemática e a Língua Portuguesa, “o que é natural é que se aumentasse a carga horária” destas duas disciplinas, defendem Arsélio Martins, presidente da Associação de Professores de Matemática (APM), e Paulo Feytor Pinto, presidente da Associação de Professores de Português (APP). Se, por cá, os alunos têm dois blocos de 90 minutos semanais para cada uma das disciplinas, há países onde têm o dobro, aponta Arsélio Martins. “São esses que “competem” connosco nos estudos internacionais da OCDE”, lembra Feytor Pinto.

Também os professores de Educação Física defendem que, em vez de duas horas semanais, os alunos deviam ter uma hora diária de actividade física. Para isso, vão pedir uma audiência a Isabel Alçada para “garantir, pelo menos, quatro tempos semanais”, informa Marcos Onofre, do Conselho Nacional das Associações de Profissionais e Professores de Educação Física. “É o mínimo previsto pelas normas internacionais e é fundamental nestes escalões etários por causa da obesidade e outros problemas de saúde”, justifica.

Mais espaço para as línguas

As línguas vivas vão perdendo terreno na organização curricular, lamenta Cristina Avelino, da Associação Portuguesa de Professores de Francês. Em conjunto, as duas línguas estrangeiras têm três blocos no 7.º ano, que são reduzidos em 45 minutos nos 8.º e 9.º anos. “Não sei onde é que se pode cortar, talvez nas transversais [áreas curriculares não-disciplinares]”, sugere. Contudo, estas são importantes, sobretudo para os alunos que não têm apoios em casa ou fora da escola, acrescenta.

“É infame que só tenhamos hora e meia de aula por semana”, reclama Alberto Gaspar, da Associação Portuguesa de Professores de Inglês, para quem as áreas não-disciplinares devem ser “abolidas” porque os seus conteúdos podem ser trabalhados em todas as outras. O que é preciso, sugere, é formação para que os professores saibam trabalhar essas áreas.

Para Augusto Barroso, da Sociedade Portuguesa de Física, os “cortes não devem ser feitos no essencial, mas no acessório”. Estudo Acompanhado e Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação podem desaparecer, na opinião de Emília Sande Lemos, presidente da Associação de Professores de Geografia. Quanto a Área Projecto, pode ser leccionada só no 9.º ano, porque é importante para preparar os alunos para o mercado de trabalho. Sobre a Geografia, considera que esta não deve estar ligada à História, como acontece no 2.º ciclo, mas não a “escandaliza” que seja semestral.

Os presidentes da APM e da APP denunciam que muitas escolas usam as horas de Estudo Acompanhado para dar matéria de Matemática e Língua Portuguesa. No próximo ano há novos programas para as duas disciplinas e estes foram pensados para a actual carga horária, alertam os dois responsáveis. “Não sei se em nove meses vai ser possível fazer uma nova organização curricular”, diz Feytor Pinto. É preciso ouvir os professores, pedem.

Fonte: PÚBLICO [24.12.2009]

Escola portuguesa: visões paradoxais

Uma espécie de conferência de José Matias Alves destinada a Professores, a partir de questões formuladas por estes.

À chaque parfum son nez

Grands classiques, les parfums ont souvent une bonne place sous le sapin. C'est à Noël que les ventes atteignent leur apogée. Loin devant la Saint-Valentin ou la Fête des mères. Cette industrie olfactive est devenue un énorme business où la concurrence est féroce, puisque près de 500 nouvelles fragrances sortent chaque année. "Dans les trente premières secondes, le consommateur se décide. La note de tête doit donc être aimable, souriante", explique Sylvie Polette, vice-présidente marketing des parfums Jean Paul Gaultier (chez BPI).

Il faut se souvenir d'un parfum. Longtemps, aux Etats-Unis, le test ultime consistait à vérifier sur un cobaye si le sillage réussissait à traverser la Cinquième Avenue, à New York...

Dans ce monde fermé, où les formules de chaque fragrance sont des secrets industriels gardés à l'ombre de coffres-forts, les techniques marketing ont pris le pas. Presque chaque parfum est le résultat d'un "brief" précis donné par une marque - une maison de couture, une entreprise comme L'Oréal, Procter & Gamble... - à l'une des trois grandes sociétés (Givaudan, Firmenich et IFF) qui assurent à elles seules trois quarts des créations mondiales.

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LE MONDE