Excerto da introdução de um livro antigo (Alves, José Matias (1995). Práticas Pedagógicas nas Organizações Escolares. Porto: ASA)
Já no caderno anterior formulávamos a interrogação: O que é que faz a diferença? O que leva uma organização escolar, em contextos e com recursos idênticos (ou mesmos em contextos adversos e com escassez de recursos), a proporcionar melhores processos e resultados educativos aos alunos? O que é que mobiliza um professor para uma acção educativa inovadora, enquanto outro, trabalhando no mesmo sistema e na mesma organização, perpetua a rotina e evidencia um descompromisso radical em relação à "profissão"? Quais as variáveis desse meso-sistema que é a escola que mais interferem na construção de uma melhor educação para a generalidade dos alunos? Porque é que os alunos gostam de frequentar determinada escola e aí obtêm o sucesso educativo e detestam e são insucedidos noutra?
Tantas questões, tantos enigmas. E, no entanto, é possível formular algumas hipóteses que poderão orientar uma práxis que contribua para aumentar a consciência das realidades educativas e organizacionais e desta forma, com este saber de profissional crítico e reflexivo, poderemos ter nas nossas mãos a construção da escola que faz a diferença (ou pelo menos poderemos dar um sentido estratégico à nossa acção política e social e às reivindicações docentes).
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► José Matias Alves (Blogue Terrear)
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