“Aquilo que o ministério hoje apresentou foi um conjunto de princípios para alterar o modelo de avaliação, assente no fim da divisão dos professores, e uma preocupação de aproximação em relação à resolução dos problemas identificados no modelo anterior”, disse aos jornalistas o secretário-geral da FNE, no final de uma reunião no Ministério da Educação.
João Dias da Silva falava da intenção de simplificar os procedimentos, de ligar a avaliação ao “órgão pedagógico mais importante da escola, o seu conselho pedagógico” e de fazer “com que a avaliação constitua um instrumento de melhoria das práticas com uma grande preocupação de índole formativa”.
Embora tenha sublinhado que a reunião decorreu com “verdadeiro espírito negocial”, João Dias da Silva considerou que a proposta do Governo tem ainda aspectos que precisam de “correcção e de melhoria”, na articulação com a estrutura da carreira docente e a fixação de vagas para acesso aos terceiro, quinto e sétimo escalões.
Avançou, porém, que o ministério admite a passagem automática a estes escalões dos professores avaliados com “muito bom” e “excelente”.
A FNE apresentará segunda-feira um “documento contributo”, mas destacou como positiva a simplificação do modelo de avaliação.
“Além de ter uma relação muito directa com aquilo que é a prática permanente do professor, sem exigir compromissos administrativos e mais documentos do que o necessário no trabalho quotidiano, podemos dizer que a avaliação final se faz sobre um documento de auto-avaliação que o professor apresenta no final do ciclo avaliativo”, disse.
Segundo o dirigente da FNE, mantêm-se os ciclos avaliativos de dois anos, mas o Ministério da Educação manifestou abertura para se encontrarem outras durações no âmbito do processo negocial.
Fonte: PÚBLICO
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