Após reunião com ministro Nuno Crato
FNE acredita em novo modelo de avaliação em Setembro
19.07.2011 — 19:59 Por Graça Barbosa Ribeiro
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva, disse-se nesta terça-feira “convicto de que a partir do dia 1 de Setembro os professores terão um novo modelo de avaliação de desempenho”.
“O ministro da Educação não disse nada nesse sentido, mas o facto de já estar a trabalhar numa nova proposta, que começará a ser discutida na próxima semana ou na seguinte, permite-nos depreender que é isso que vai acontecer”, esclareceu, depois de uma reunião de duas horas com a nova equipa ministerial.
Em declarações ao PÚBLICO, João Dias da Silva frisou que na reunião não lhe foi dada qualquer indicação de que o modelo em vigor será suspenso, pelo que “o mais provável é que o actual ciclo de avaliação termine, como previsto, no fim de Dezembro”. “De qualquer forma, entre 1 de Setembro e 31 de Dezembro decorre a parte administrativa da avaliação — como a leitura e classificação dos relatórios por parte dos avaliadores. A 1 de Setembro, os professores já estarão a trabalhar para o ciclo seguinte, ao que tudo indica com um novo modelo”, congratulou-se.
A pressa do ministro na resolução deste e de outros assuntos havia sido realçada já na véspera com agrado por Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores (Fenprof). Apesar “de quase se limitar a ouvir”, Nuno Crato mostrou nesta primeira ronda de reuniões com representantes sindicais não querer perder tempo, ao marcar novos encontros para a próxima semana.
O tema mais quente, por alegadamente estar na origem “de um clima de intranquilidade e conflitualidade nas escolas”, é precisamente a avaliação, concordam Mário Nogueira e Dias da Silva. O dirigente da FNE fez saber ao ministro que defende uma “avaliação formativa”, feita “em ciclos de mais de dois anos” e em que esteja “garantido o reconhecimento da competência do avaliador por parte do avaliado”. Mário Nogueira preferiu destacar a necessidade de suspender de imediato o modelo em vigor e de “anular todos os efeitos produzidos pela avaliação já realizada”.
À semelhança do que acontecera com o dirigente da Fenprof, Dias da Silva saiu da reunião satisfeito com a garantia de que medidas como o encerramento das 266 escolas e a criação de novos agrupamentos só serão concretizadas com o acordo das populações e dos respectivos municípios.
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