Insucesso escolar. Plano para salvar alunos faltosos foi um fracasso.
A tentativa foi “bem-intencionada” e a medida cheia de “boa vontade”. É pena ter sido um fracasso. Na anterior legislatura, os deputados do PS e do CDS/PP decidiram dar uma oportunidade a quem não aparece nas aulas. As escolas passaram a ser obrigadas a fazer um plano individual de trabalho (PIT) para os alunos que ultrapassam o limite de faltas injustificadas. A regra consta do novo Estatuto do Aluno e foi testada no ano lectivo que agora terminou. Chegou o momento de conhecer os resultados: “Não foi de modo algum eficaz”, explica Agostinho Guedes, director da Escola Secundária Inês de Castro, em Gaia. Que é o mesmo que dizer que esses planos são “inócuos e só serviram para aumentar a burocracia e o trabalho dos professores”, acrescenta Teresa Lopes, do Agrupamento Ibn Mucana, em Alcabideche (Cascais).
A maioria das escolas está agora a fazer a avaliação destes alunos, mas no agrupamento de Alcabideche Teresa Lopes já consegue fazer um primeiro balanço: “Fizemos mais de duas dezenas de planos individuais de trabalho, mas, se tivermos um ou dois com efeitos reais sobre o rendimento dos alunos, será uma enorme surpresa.” Na Secundária de Gaia são pelo menos 30 planos que vão agora ser avaliados: “A esmagadora maioria dos alunos não tem nada para ser avaliado porque não cumpriu esses planos”, conta Agostinho Guedes.
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