sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Escolas em luta admitem viabilizar avaliação para salvar professores

“Chega um momento em que não podemos fazer mais nada.” É desta forma que Rosário Gama, presidente do conselho executivo da Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, comenta a possibilidade de um grupo de 191 escolas que se opõem ao actual modelo de avaliação vir a preencher os objectivos individuais dos professores que não os entregaram, para evitar que estes sejam penalizados pelo Ministério da Educação.

Esta alternativa ― prevista na mais recente simplificação do processo aprovada pelo Governo ― vai ser discutida amanhã, num encontro em Santarém, onde estas escolas “em luta” decidirão como reagir face aos indícios de que a adesão dos professores ao protesto terá ficado aquém das expectativas.

Numa altura em que já terminaram ou estão a terminar os prazos para a entrega dos objectivos individuais na maioria das escolas, ainda não há dados concretos. O Ministério disse que a “maioria” dos professores os entregaram. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) promete divulgar hoje números que provarão que foram, ainda assim, muitos os que não o fizeram. Mas Rosário Gama não esconde a posição difícil em que se encontram actualmente as direcções escolares que apoiaram os protestos.

(Continua...)

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