sexta-feira, 17 de outubro de 2008

OPINIÃO > Carlos Abreu Amorim: «Não se esqueçam»

As crises económicas tendem a ser pérfidas para a liberdade. Muitas pessoas, guiadas pelos políticos profissionais, acabam por crer que a sua liberdade é um luxo, como um adereço, bonito mas supérfluo. Mas a liberdade tem o jeito de um músculo: se exercitada, torna-se ágil, quase fácil; mas se a deixamos desamparada e não nos treinamos na sua alma, a liberdade perde o ânimo, esquece-se de si mesma e de nós também. E fica difícil de encontrar. Até porque a maior ilusão que a liberdade costuma dar aos que dela andam esquecidos é fazer-se fácil e sossegada. Mas não o é.

Os que não se importam que o Estado vasculhe as contas bancárias de qualquer um com pretextos frágeis e vagos mais cedo do que tarde perceberão que a crise não é a que julgam.

Correio da Manhã Ano XXIX > N.º 10 731 > SEXTA-FEIRA 17/10/2008

Nenhum comentário: