Associações de Pais compreendem medidas do Governo para o Ensino Básico
12.08.2011 — 12:17 Por Lusa
A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) compreende o encerramento de escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e o aumento de 24 para 26 do número de alunos por turma anunciados pelo Governo.
Albino Almeida disse que estas são medidas que a Confap “compreende” apesar de não serem o “ideal”. Relativamente ao movimento da rede escolar, o representante da confederação entende que o encerramento das escolas “decorre do decréscimo do número de alunos” e é uma “situação que se vai agravar”.
O Ministério da Educação e Ciência anunciou na quarta-feira o encerramento de 297 escolas do primeiro ciclo do Ensino Básico no próximo ano lectivo, a maior parte no norte do país. Em comunicado, a tutela afirma que os alunos das escolas que não vão abrir no próximo ano lectivo serão mudados para “centros escolares ou escolas com infra-estruturas e recursos que permitem melhores condições de ensino”.
“É preciso juntar crianças em centros escolares para que possamos lá ter tudo aquilo que essas crianças necessitam”, defendeu Albino Almeida que entende a “desconfiança” das famílias e reconhece os problemas do acréscimo do custo dos transportes para as autarquias.
“Percebo a ansiedade dos pais, que vêem os alunos mudar para longe da zona de residência, percebo também as dificuldades de algumas autarquias para garantir o transporte, mas o superior interesse das crianças tem de prevalecer. Nós não podemos pensar que uma criança socializa numa escola onde tem cinco, 10 ou menos de 20 alunos”, disse.
O Ministério anunciou igualmente o aumento de 24 para 26 do número máximo de alunos por turma no primeiro ciclo do ensino básico. Albino Almeida afirmou que a Confap já tinha mantido conversas com o anterior Governo “sobre a eventualidade de alargar o número de alunos no 1.º ciclo quando isso pudesse resolver o problema dos alunos estarem todos no mesmo ano de escolaridade”. “Quando há poucas crianças há tendência para agrupar quatro anos de escolaridade numa turma. Isto é brutal”, reconheceu Albino Almeida.
Numa nota publicada quarta-feira no seu portal, a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular justifica a redefinição do limite máximo de alunos por turma com a “procura excepcional de matrículas” e as “dificuldades sentidas pelas famílias, escolas e agrupamentos de escolas na colocação dos alunos”.
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