domingo, 11 de outubro de 2009

Animosidades políticas com desfecho trágico em Mondim de Basto

GNR considerava Ermelo um local de risco

Já estava previsto o reforço do policiamento da GNR na freguesia de Ermelo durante o acto eleitoral, devido a quezílias antigas entre duas famílias. Urnas não chegaram a abrir. Candidato do PS matou marido da candidata do PSD a tiro de caçadeira e fugiu. Autoridades já localizaram o carro da fuga e a arma do crime. Eleições realizam-se no próximo domingo.

“As eleições serão repetidas de hoje a oito dias. Esta situação em que o candidato de um partido mata o marido de uma candidata provocou um levantamento e uma tentativa de retaliação física sobre os delegados do partido do homicida [PS], o que obrigou à intervenção de forças de segurança”, disse Nuno Godinho de Matos, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

De acordo com o porta-voz da CNE, o governador civil de Vila Real constatou “uma situação de tumulto”, que “não permitiu a realização do acto eleitoral naquela freguesia”, onde existem 935 eleitores.

Local de risco

O comandante Eduardo Lima, do destacamento da GNR de Vila Real, disse ao JN que Ermelo era considerado um local de risco e que já estava previsto o reforço do policiamento durante o dia de hoje, domingo, no decorrer do acto eleitoral, que não chegou a ter início.

Em causa estão quezílias antigas entre duas famílias que motivaram diversas queixas nas autoridades por ameaças e injúrias.

A GNR já detectou o carro utilizado na fuga e a arma do crime na cidade de Peso da Régua, confirmou o comandante Eduardo Lima ao JN. Suspeita-se que o alegado homicida terá fugido para o Parque Natural do Alvão.

Crime antes das urnas abrirem

A vítima tinha 57 anos, era familiar do alegado homicida e marido da presidente da Junta de Freguesia de Ermelo, Glória Clemente.

O crime ocorreu cerca das 07:30h, quando a vítima, Maximino Clemente, se encontrava a ajudar nos preparativos para a abertura das urnas, na antiga escola primária em Fervença, e o candidato do PS, António Cunha, entrou com uma caçadeira e disparou.

“Trazia a arma encostada à perna, não proferiu palavra, passou pelas pessoas e alvejou o marido da presidente da Junta, Maximino Clemente. Disparou e pôs-se em fuga”, contou Manuel António, que integra a mesa de voto.

Fonte: Jornal de Notícias

Comentário:

Se a GNR considerava Ermelo um local de risco, por que não se deslocou mais cedo para o local, a fim de procurar evitar a tragédia que ali se verificou? Ninguém tem culpa desta falta de atenção?

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