segunda-feira, 9 de maio de 2011

À procura de superdirectores

«Procuram-se superdirectores. Gerir os novos agrupamentos não é para qualquer um»

Exige-se aos candidatos que sejam administradores, professores e gestores. Tudo ao mesmo tempo

Quem quer ocupar o lugar de director de um dos 84 novos agrupamentos? Os concursos públicos começaram agora a ser lançados, mas só ambição e boa vontade não chegam para liderar um novo modelo de gestão escolar inaugurado este ano lectivo. Se julga que um bom director é aquele que acompanha os professores diariamente, reconhece as caras dos alunos e funcionários ou está sempre disponível para os encarregados de educação, então, está pronto para o fracasso.

Gerir um dos novos reagrupamentos de escolas não é como estar à frente de um jardim-de-infância nem tão pouco de uma primária ou secundária com algumas centenas de alunos. “A gestão de proximidade perde-se quase completamente” a partir do momento em que a fusão de escolas dá lugar a um megagrupamento, conta a presidente da comissão administrativa provisória do agrupamento de Escolas Laura Ayres, em Loulé.

O novo director terá de ser uma espécie de superadministrador/ gestor/professor sempre actualizado sobre tudo o que acontece com os milhares de alunos e centenas professores e funcionários de quatro, cinco ou até mais escolas de todos os níveis de ensino. Só assim será capaz de “gerir conflitos, gerar consensos, supervisionar e avaliar todas as mudanças” que implicam esta nova forma de encarar o ensino, adverte José Guilherme Azevedo, do agrupamento de Escolas da Senhora da Hora, em Matosinhos.

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