segunda-feira, 18 de abril de 2011

OPINIÃO > Luís Costa: «Vive la folie!»

Pode dar-se o caso de ser eu que estou a desvairar e ainda não ter dado conta. É bem provável. Se tal está a suceder, não estarei, para já, mal de todo, pois ainda admito a hipótese da minha insanidade mental. Valha-me ao menos isso! No caso de eu ainda me poder incluir no grupo dos minimamente escorreitos, então a situação clínica do país é de calamidade pública: o nosso querido Portugal está... a descambar. Bem diz Camões que “ um fraco rei faz fraca a forte gente”.

Depois do… — já não sei se era lamaçal, se era lodaçal ou se era apenas um pântano —, bem, depois da imundice que nos levou Guterres, depois da tanga que nos levou Durão Barroso — o cherne da questão —, depois do smoking que nos levou Santana Lopes, era óbvio, era evidente, era de prever que não resistiríamos mais seis anos a levar “socradas” em tudo quanto é parte corporal e espiritual. De estranhar — e muito — seria o contrário: estarmos inteiros e de perfeito juízo. É bem provável que as nossas dobradiças estejam todas um pouco perras e que as nossas portas não andem a fechar lá muito bem. Nada mais natural! Só assim se percebe que este país, de repente, pareça um quadro de Jerónimo Bosch. E, para mal dos nossos pecados — ou para bem, depende da perspectiva —, às figuras públicas parece que a doidice deu um pouco mais forte: ele é o Otelo, que já está arrependido de ter feito o 25 de Abril; ele é o Marinho Pinto, cujas bastonadas se viraram para a própria democracia: quer que ninguém vá votar no dia 5 de Junho (muito bem, senhor bastonário, pois até os seus apelos mais irreflectidos continuam a favorecer o PS); ele é Santana Lopes, que vem à TV falar como se fosse uma cobra que despiu a velha pele e pensa que renasceu depurado; ele é Sócrates — que ressuscitou muito antes de ser crucificado e já teve a sua epifania em Matosinhos — a dar lições de ética e de cultura democrática; ele é o PS, em apoteose doentia, a fingir que não vê que o seu rei vai nu e a mandá-lo para a passerelle; ele é tudo quanto é estrangeiro a meter o bedelho no nosso rectângulo — que só tem dois lados — e a dar palpites sobre nós; ele é o tango escachado que Passos Coelho e Sócrates estão a desdançar sobre os nossos brasões, porque o segundo troca o passo ao primeiro e até lhe pisa os calos; até Fernando parece ficar mais pobre cada vez que fala.

Assim não dá, minha gente! Vamos lá portar-nos bem, porque vem aí muito dinheirinho para gastar. Por este caminho, o povo ainda vai acabar por tomar remédio das batatas, ou seja, dar a Sócrates o número suficiente de votos para obrigar Passos Coelho a continuar a dançar com ele. Assim ainda vamos acabar à batatada! Depois, só se fizermos puré... de nabo!

DaNação

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