quarta-feira, 15 de junho de 2011

Plágio sai caro a deputada alemã

Alemanha

Retirado título a deputada europeia que plagiou

A universidade de Heidelberg decidiu retirar o título de doutora à deputada liberal ao Parlamento Europeu Silvana Koch-Mehrin, por considerar que a sua dissertação “consiste em plágio, em partes substanciais”, foi hoje anunciado.

O material examinado permitiu constatar que em cerca de 80 páginas da dissertação há mais de 120 passagens “que de acordo com a comissão de doutoramento devem ser consideradas plágio”, diz um comunicado da universidade alemã.

As referidas passagens foram retiradas de mais de 30 diferentes publicações, dois terços das quais não são referidas no índice de citações da dissertação, acrescenta-se no documento. Silvana Koch-Mehrin demitiu-se há algumas semanas de presidente do Grupo Liberal do PE, depois de terem surgido suspeitas sobre plágio no seu trabalho de doutoramento, mantendo-se, no entanto, como deputada em Bruxelas e Estrasburgo.

A quantidade e qualidade dos comprovados plágios obrigam a concluir que a dissertação de Silvana Koch-Mehrin “não é um trabalho científico autónomo”, diz o decano da faculdade de Economia, que assina o comunicado. A dissertação entregue por Silvana Koch-Mehrin, que foi uma das principais “bandeiras” dos liberais alemães na campanha eleitoral para as legislativas de Setembro de 2009, tinha o título “União Monetária História entre a Economia e a Política: a União Monetária Latina 1865-1927”.

As anomalias na dissertação foram descobertas por “caçadores” de plágios na Internet, e a Universidade de Heidelberg resolveu depois abrir um processo académico, para apurar se as acusações eram ou não verdadeiras. Em princípios de Março, o ministro da defesa alemão, Karl Theodor zu Guttenberg, foi forçado a demitir-se depois de a Universidade de Bayreuth lhe ter retirado o título de doutor em Direito, devido a plágio na sua dissertação.

Diário de Notícias

Um comentário:

DIFERENTES SOMOS TODOS NÓS disse...

Em Portugal não acontece nada do género.
Só há crime quando se é apanhado? E, mesmo assim, nem sempre!