Há muito que não saía à rua, ele que foi um homem de acção. Com o lápis, pensou o amor, o sexo, a morte e Deus. Morreu, ontem, em Lisboa. Contava 81 anos
Primeiro a voz, a de um sedutor. Tom baixo, cadenciado, irónico o riso. Depois, o passo, lento, a descobrir o chão. Chamava-se Alçada Baptista e morreu, ontem, ao princípio da tarde, em Lisboa. Tinha 81 anos e viveu em permanente indagação: o amor, o erotismo, Deus e a morte percorreram-lhe a obra, tardia. Disse, um dia: "Viver é a minha razão de escrever."
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