Segundo dados do Ministério da Educação e do Observatório de Segurança em Meio Escolar já publicados, no ano lectivo 2006/2007 existiram 1424 agressões ou tentativas de agressões nas escolas, sendo a violência entre alunos a mais recorrente (1092 dos casos identificados). Quanto aos professores e funcionários, foram as vítimas em 332 dos casos.
Dário Prates, da Divisão de Investigação Criminal da Polícia de Segurança Pública, reconhece que este tipo de crime é o mais comum nas escolas portuguesas. A Grande Lisboa, o Grande Porto e Setúbal são os locais com mais ocorrências.
“E é preciso ter a noção que muito casos são abafados pelas escolas, que tentam apresentar números de sucesso e preferem não atacar os problemas de frente”, conta uma outra fonte policial contactada pelo DN. “Muitas das situações são relatadas às autoridades apenas por interposta pessoa, ou então quando surgem na internet ou na comunicação social, o que torna muito difícil o nosso trabalho”, continua.
João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, também critica a postura das entidades que desvalorizam incidentes como o ocorrido na escola do Cerco, onde um grupo de alunos ameaçou a professora com uma pistola falsa. “Aligeirar os problemas não é a melhor solução. Temos isso sim de pensar que escola queremos e que comportamento queremos na sala de aula”, alerta o professor, comentando as declarações da directora da Direcção Regional de Educação do Norte, Manuela Moreira, que qualificou o caso do Cerco como uma “brincadeira de mau gosto”.
Fonte: Diário de Notícias
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