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É todos os anos a mesma situação. Por esta altura são divulgadas as listas dos professores colocados. Mais uma vez o Ministério da Educação faz demagogia, anunciando a colocação de 125 mil professores, o que não corresponde à verdade. Nesta altura só foram colocados professores contratados e aqueles que concorreram a um destacamento, uma opção que é cada vez mais dificultada. No total, trata-se de poucos milhares, já que o concurso a sério apenas ocorrerá no próximo ano, depois de cumpridos três anos sobre as colocações realizadas no último.
Segundo o jornal Diário de Notícias, O Ministério da Educação divulgou uma nota na qual refere que as escolas já contam com 125 mil professores, número que a tutela considera o necessário para o seu funcionamento. "As colocações que faltam [sic] fazer destinam-se a colmatar necessidades residuais, que todos os anos surgem, fruto da variação do número de alunos e de turmas dos diferentes ciclos e cursos."
Ora a nota do ME apenas se destina a propiciar títulos como o do Jornal de Notícias["125 mil professores colocados (...)"] e também o do PÚBLICO ["Número de professores já colocados nas escolas portuguesas ascende a 125 mil"], acreditando quem lê as parangonas, e está mal informado, que se tratou de um bom trabalho dos responsáveis da Educação.
É caso para dizer que a "Ministério da Propaganda" funciona eficazmente...
A FENPROF já tinha igualmente difundido um comunicado, no qual estimava que o número de professores sem colocação neste ano lectivo se situe entre 35 mil e 40 mil e alerta para a "inaceitável dimensão do desemprego docente" e a "crescente precariedade" no sector.
A mesma organização de Professores programou para a próxima segunda-feira (1 de Setembro), acções de rua em frente aos centros de emprego, com o objectivo de os docentes protestarem contra a "precariedade" que afecta a profissão.
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