quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Lembrar António Gedeão
Arma secreta
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark, ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água-oxigenada
nem de ergóis da furalina.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-lhe VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente
António Gedeão, Máquina de Fogo
A biografia deste poeta pode ser consultada aqui.
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