Isabel Alçada diz que o país não pode manter dois professores por sala em EVT
A ministra da Educação afirmou hoje que a manutenção de dois professores a leccionar as disciplinas de Educação Visual e Tecnológica (EVT) e Área [de] Projecto (AP) «representa um acréscimo de investimento que o país não está em condições de assumir».
A falar aos jornalistas ao final da manhã na escola secundária Emídio Navarro, em Almada, Isabel Alçada sublinhou a necessidade de reformar e ajustar o ensino básico e voltou a defender o decreto-lei do Governo sobre este assunto, que a oposição impediu no início do mês que continuasse em vigência.
O Governo publicou o diploma em Diário da República a 2 de Fevereiro, com produção de efeitos a 1 de Setembro.
Este decreto-lei determinava a eliminação da Área de Projecto, limitava o estudo acompanhado a alunos com mais dificuldades e reduzia de dois para um o número de professores a leccionar EVT. A 4 de Março a oposição parlamentar aprovou a cessação de vigência do diploma.
Isabel Alçada lembrou que «na maior parte dos países [as crianças que frequentam o ensino básico] têm um professor generalista para todas as disciplinas, que é coadjuvado [por outros professores] na área da música, da língua estrangeira e do desporto».
«Temos esta tradição de diversidade de professores. Mantemo-la, mas quando temos que reduzir, temos que olhar para onde é que se pode reduzir sem prejudicar, e este é o caso», acrescentou.
Isabel Alçada esteve em Almada para participar na sessão de apresentação do DVD ‘Como se faz um jornal’, produzido pelo jornal Público, no âmbito das comemorações do seu vigésimo aniversário.
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