segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Fátima Marinho apresenta livro de poesia em Cabeceiras



Fátima Marinho apresentou no passado sábado em Cabeceiras de Basto o seu livro de poesia Ama-me sem me suportares!. Aqui fica um cheirinho da poesia desta poetisa cabeceirense que Jorge Listopad considera «uma poesia espontânea baseada no sentimento entre a delicadeza e a exacerbação, tipicamente feminina, tal como era a poesia de Florbela Espanca ou de Anna Akmatova; porém diferentes. Florbela joga a sua existência, Ana Akmatova, essa grande poetisa russa, faz subir o tom ao que chamaria de transcendência.»

 

Renovação
Às vezes,
Não sei o que tenho,
Parece que viro o mundo.
Logo depois,
Num segundo,
Vira-se o mundo contra mim.
Às vezes,
Falta a magia.
Tudo parece frio,
Vento,
Dor,
Diabos e lamento.
Às vezes,
Falta a magia.
Às vezes,
Na noite escura,
Chego a duvidar do dia.
Mas volta o dia teimoso,
Sorrindo louco de luz.
Às vezes,
Falta a magia,
Mas sempre,
No fim da noite,
Oiço este bater:
- Truz, truz.
Lá vem o sempre teimoso,
É mais um dia,
Outra luz.
Fátima Marinho, Ama-me sem me suportares!,
Alphabetum Editora, Lisboa, Dezembro 2011

sábado, 27 de outubro de 2012

A ditadura da rapidez


Nos sociétés ont accéléré la cadence. Accélération technique, accélération des rythmes de vie, accélération des changements sociaux. Comment en sommes-nous arrivés là ? Et si on prenait le temps de penser nos vies...
Des journées trop chargées, à se dépêcher, à courir, pour tenter d’effectuer ce qui, en se couchant, restera à faire. À terminer demain. «Il faudrait allonger les journées!», dit une collègue. «Le temps passe trop vite!», se plaint l’autre. «On vit comme des dingues», renchérit la troisième.
«Vous les Occidentaux, vous courez vers la mort ou quoi?», m’a un jour demandé un Sénégalais. Avant de me conseiller, en wolof : «Danke, danke» («doucement, doucement»). «Être affamé de temps ne provoque pas la mort, rassurent John Robinson et Geoffrey Godbey, mais, comme l’avaient observé les philosophes antiques, empêche de commencer à vivre [1].» L’existence pleine a besoin de temps pour se déployer.
[1] John Robinson et Geoffrey Godbey, Time for Life. The surprising...


 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

MEC põe em marcha avaliação dos docentes...



Ministério da Educação e Ciência – Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar
Estabelece os parâmetros nacionais para a avaliação externa da dimensão científica e pedagógica a realizar no âmbito da avaliação do desempenho docente
Ministério da Educação e Ciência – Gabinete do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar
Regulamenta o processo de constituição e funcionamento da bolsa de avaliadores externos, com vista à avaliação externa da dimensão científica e pedagógica

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FMI diz que é preciso cortar mais


O Fundo Monetário Internacional divulga hoje o relatório da quinta revisão do memorando com Portugal, mas já sublinhou que “são precisos esforços adicionais” para consolidar as contas e impulsionar o crescimento.

Verbas transferidas pelo MEC para vários municípios

domingo, 21 de outubro de 2012

Vieira da Silva recordada em Paris



A pintora Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), que se naturalizou francesa em 1952, terá, em Paris, uma rua, uma praça ou um equipamento com o seu nome, de acordo com uma proposta aprovada pela Câmara da capital francesa. A proposta invoca o 20.º aniversário da morte de Vieira da Silva e prevê a colocação de uma placa na casa onde a artista viveu e trabalhou em Paris, no número 34 da rua de l’Abbé Carton, no XIV bairro da cidade. Hoje considerada como uma das maiores artistas do abstracionismo do pós-guerra, Vieira da Silva foi galardoada com numerosas distinções, como o Grande Prémio Nacional da Artes.
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Jornal de Notícias  21 OUTUBRO 2012

MEC espoleta processo de vinculação extraordinária de professores

sábado, 20 de outubro de 2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Os bons resultados dos alunos não surgem por acaso (5)

O que será prioritário na educação?


A revista francesa CAHIERS PÉDAGOGIQUES propõe-se dar resposta a esta questão, com a publicação de diversas reflexões sobre o assunto.

As boas notas dos alunos não surgem por acaso (4)

A refundação da escola francesa sob o ponto de vista finlandês

sábado, 13 de outubro de 2012

Professores sobem de estatuto…


Ricos professores ricos
Os professores portugueses vão subir de ricos professores a professores ricos. O governo assim os quer na proposta de orçamento para 2013.
Não podendo ir para os escalões mais altos da sua carreira há muito congelada passarão a integrar os escalões mais altos de IRS. É mais uma generosa forma de descompensação forçada. Docentes taxados como ricos têm de ser ricos à força. Pedagogicamente é a melhor riqueza. 
Por ora, segundo o relatório da rede Eurydice da Comissão Europeia, divulgado no Dia Mundial do Professor, já estão entre os mais afortunados da Europa ao lado dos espanhóis, gregos e irlandeses. Viram os bolsos dos seus rendimentos aliviados em média 20% entre 2010 e 2012. Coisa pouca.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

E se a austeridade puser em perigo a democracia?

Hollande anuncia uma nova reforma educativa

O que merece um aluno que agride uma professora?

Mardi après-midi, l'enseignante était entrée dans une classe voisine de la sienne, y constatant un important chahut, selon l'inspecteur. Quand le professeur a demandé son carnet de correspondance à l'un des élèves fauteurs de troubles, celui-ci a d'abord refusé d'obéir puis l'a giflée, selon la même source, confirmant partiellement une information du Parisien.fr.

Não há regra sem excepção!...

O que estará em preparação desta vez?...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

domingo, 7 de outubro de 2012

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dia Mundial do Professor


Universidade do Minho entre as melhores do Mundo


A Universidade do Minho (UMinho) está entre as 400 melhores academias do Mundo, segundo uma classificação da ‘Times Higher Education’, um suplemento do jornal ‘The Times’, que divulgou esta quinta-feira aquele estabelecimento de ensino superior.

Morreu jornalista que marcou uma época na TV

Se chegassem os discursos para mudar a situação...

Ultimamente, tem-se instalado em alguns setores da sociedade portuguesa a ideia de que a qualificação e a formação escolar de pouco ou nada servem para alcançar sucesso profissional. Reconhecendo embora que existem, de facto, muitos jovens qualificados que enfrentam o flagelo do desemprego, a questão que se coloca é a de saber se, caso não tivessem qualificações, teriam mais êxito profissional ou melhor acesso ao mercado de trabalho. A resposta é claramente negativa.
Nesta fase da vida nacional, é natural que muitos jovens, desiludidos por falta de oportunidades de mostrarem o que valem, decidam partir para outros destinos, em busca do justo reconhecimento do seu mérito.

Uma geração que não tenha futuro no seu país mais dificilmente poderá ajudar a cuidar dos seus pais, mais dificilmente poderá ajudar a inverter a quebra da taxa da natalidade.
A baixa natalidade, e as suas consequências demográficas, sociais e económicas são talvez o maior desafio que Portugal enfrenta no longo prazo, para o qual devo alertar os Portugueses.

Nesta fase, devemos adiar obras vultuosas e grandes realizações. Mas não podemos hipotecar o futuro, comprometendo o investimento na educação das nossas crianças e jovens. Esse investimento terá de ser seletivo, racional, financeiramente rigoroso, orientado por prioridades, concretizado através de uma política coerente que os Portugueses conheçam.
Temos grandes desafios pela frente. Alguns que infelizmente permanecem, como é o caso do combate ao abandono escolar. Segundo os dados publicados no último relatório anual da OCDE sobre Educação, apenas 52 por cento da população portuguesa entre os 25 e os 34 anos concluiu o Ensino Secundário, o que coloca o nosso país no 33º lugar em 36 países.
A extensão da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano exigirá, assim, um esforço suplementar por parte dos alunos e das suas famílias, bem como uma adaptação das escolas e dos seus professores.
O desafio da qualidade do ensino renova-se à medida que o número de anos de escolaridade se alarga. Um ensino de qualidade, acessível a todos, é a melhor garantia da igualdade de oportunidades, a chave de um país justo. Ninguém pode ficar para trás.
A Educação continua a ser o melhor investimento que cada um pode fazer no seu futuro, o que é comprovado pelos mais diversos estudos internacionais.
Há que valorizar os aspetos imateriais da Educação. As famílias, as crianças e os jovens têm de perceber que vale sempre a pena estudar, trabalhar com esforço e dedicação, buscar a excelência. Não podemos permitir que se instale a ideia de que o sucesso se alcança por outros meios, de que não valerá a pena estudar, uma vez que as qualificações académicas não são garantia de um melhor futuro profissional.

Assim, todos somos chamados a refletir sobre a escola que queremos. Uma reflexão sobre os modelos de ensino, as competências e os conhecimentos que melhor respondem aos complexos desafios do mundo de hoje e melhor preparam os jovens para os enfrentar. Em suma, como pode a escola contribuir para uma maior empregabilidade dos nossos jovens e para que a educação seja um impulsionador da competitividade e da criação de riqueza no nosso país.
A verdade é que temos de trabalhar mais e melhor na ligação entre o ensino e a vida profissional, na correspondência dos conhecimentos e das competências adquiridas às necessidades da economia e das empresas, sujeitas a uma crescente competição a nível internacional.
Uma maior articulação entre as escolas e as empresas, ao longo dos diversos níveis de ensino, é um caminho que deve ser aprofundado.
Os alunos devem ser preparados ao longo do seu percurso escolar para um ambiente de maior exigência. Mas é essencial que se sedimente entre os alunos uma cultura de liberdade e de responsabilidade. Os jovens devem ter consciência de que ninguém os poderá substituir nos seus deveres e nas suas legítimas aspirações de realização pessoal.
Por sua vez, o papel dos professores tem de ser valorizado e dignificado. O reconhecimento da ação fulcral dos professores não assenta apenas em fatores materiais. Pressupõe, isso sim, a valorização da escola, em articulação com as famílias e as autarquias, como agente privilegiado de construção do futuro. A escola deve ser vista como um espaço de exigência e de oportunidades. Se ambicionamos um futuro melhor, temos de ambicionar ser melhores no futuro.
Para alcançarmos esse objetivo, insisto, o papel dos professores deve ser reconhecido e apoiado. Neste dia 5 de outubro, aniversário de uma República que se distinguiu pela sua matriz pedagógica, quero expressar o meu público reconhecimento aos professores que se dedicam e empenham na sua atividade de construtores do futuro. A todos eles, muito obrigado. Em nome do Portugal de hoje, mas também em nome do Portugal de amanhã.
É certo que várias transformações estruturais da sociedade portuguesa, com destaque para a baixa da natalidade, se irão refletir na dimensão do corpo docente. Trata-se de uma questão quantitativa, que, todavia, não retira importância aos aspetos qualitativos, à necessidade imperiosa de uma aposta consistente na qualidade do ensino.
Sei bem que tempos difíceis são tempos de contenção. Com menos, temos de fazer mais. Mais e melhor.
As funções dos professores ultrapassam em muito a estrita atividade letiva. A rede de professores, disseminada pelo País, permite detetar situações de carência, assinalar casos que necessitam da intervenção e do apoio do Estado.
Os professores têm também um papel fulcral na articulação com a sociedade civil, especialmente com as famílias. O futuro da Educação depende da participação da comunidade na vida da escola e de uma articulação profunda entre família, professores e alunos. Em tempos de crise, essa articulação tem de ser mais forte. Em tempos de crise, são estes laços, os laços mais próximos, mais presentes e mais importantes nas nossas vidas, que devem começar por unir os portugueses.
Por vezes, esquecemos que muitos dos países mais desenvolvidos o são porque as suas comunidades integraram, desde há longos anos, práticas sociais constantes de valorização da Educação e que é isso que sustenta no tempo o seu desenvolvimento.
Num tempo dominado pela pressão do imediato e pelo medo da privação de muitos dos bens materiais a que nos habituámos, não podemos esquecer o valor da educação. Temos, aliás, o imperativo republicano de o lembrar e de o colocar bem alto nas prioridades, não apenas dos responsáveis políticos, mas de Portugal inteiro.
   Extractos do discurso solene do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva
nas Comemorações do 5 de Outubro,
Dia da Implantação da República

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Governo prepara agravamento do IMI

Gravação agora descoberta demonstra que Steve Jobs antevia o futuro

Funcionários públicos assistem à vida a andar para trás...


Discurso Directo

“Funcionários públicos ficam pior do que antes”

Bettencourt Picanço, Presidente do STE, sobre as mais recentes medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.
Correio da Manhã – Como vê a devolução de apenas um subsídio aos funcionários públicos?
Bettencourt Picanço – Esta decisão não respeita o princípio da equidade que esteve por trás da decisão do Tribunal Constitucional, por isso não nos contentamos. Mesmo a devolução de um só subsídio a partir de um certo montante entra no bolso do trabalhador apenas para ser levado pelos aumentos anunciados em sede de IRS.
Então a questão da devolução dos subsídios não fica assim encerrada para o STE?
Este problema não está arrumado. Queremos que o Governo cumpra o acórdão do Tribunal Constitucional e devolva os dois subsídios aos funcionários do Estado via o 13.º e 14.º mês. E que não dilua os montantes pelo vencimento mensal. Tem sido sempre esta a posição do STE e não iremos recuar até que o objectivo seja cumprido.
Como ficam os funcionários públicos depois deste anúncio de mais medidas de austeridade por parte do Governo?
Os funcionários públicos ficam pior do que aquilo que já estavam. Não só a devolução do subsídio não se concretiza, por causa do IRS, mas o próprio aumento da carga fiscal, que afecta todos os portugueses, deixa os trabalhadores numa situação mais complicada no próximo ano do que em 2012.
O que podem os trabalhadores do Estado fazer para evitar estas medidas de austeridade?
O Governo tem de ouvir as estruturas sindicais e negociar com os representantes dos trabalhadores do Estado. Perante mais medidas de austeridade, como as anunciadas, não pomos de parte a realização de uma greve geral. A contestação social tem vindo a subir de forma geral contra os sacrifícios exigidos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Para acabar de vez com a Educação?!