segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quem melhor do que Mário Soares poderia enaltecer as virtudes do PS e de Sócrates?

O antigo Presidente da República Mário Soares parece continuar ressabiado de sucessivos desaires eleitorais e tudo faz para que o seu PS não seja apeado do Poder.

A avaliar pelas suas participações em eleições, depois de ter cessado o seu mandato como primeira figura do Estado, o que poderemos esperar desta?

No próximo dia 27 de Setembro teremos a resposta…


domingo, 20 de setembro de 2009

Cortejo Etnográfico animou Cabeceiras

Carros alegóricos representando as 17 freguesias que integram o concelho de Cabeceiras de Basto desfilaram hoje pelas ruas da sede do concelho, terminando no parque adjacente ao Mosteiro de S. Miguel de Refojos. Este evento atraiu a atenção de muita gente que ali se deslocou para assistir a esta iniciativa integrada nas Feira e Festas de S. Miguel que decorrem até ao dia 30 de Setembro.

Políticos à procura de votos...

Hoje foi dia de caça ao voto, em Cabeceiras de Basto, numa altura em que decorrem as Festas e Feira de S. Miguel, pelo que havia grande número de pessoas no local, aguardando o Cortejo Etnográfico. Por ali estiveram os cabeças-de-lista por Braga do Partido Socialista, António José Seguro, e do CDS-PP, Telmo Correia. Esteve também no local uma comitiva do Bloco de Esquerda.

Centro Escolar recebeu alunos sem mobiliário nas salas de aulas

O Centro Escolar de Refojos, em Cabeceiras de Basto, agora denominado Centro Escolar Padre Dr. Joaquim Santos, abriu as portas no passado dia 14 de Setembro, mas sem mobiliário nas salas de aulas.

Nada de muito grave, pois nesse dia apenas foi feita a recepção aos alunos que iam para a escola pela primeira vez. Mas no dia seguinte voltaram à escola os alunos dos 2.º, 3.º e 4.º anos e a situação ainda se mantinha. Os docentes lá foram entretendo os alunos como puderam, para contornar a falta de mobiliário.

É compreensível a situação, já que se trata de um edifício novo e, segundo apurei, terá sido antecipada a sua abertura, para os alunos poderem iniciar ali o novo ano lectivo.

Trata-se de um edifício moderno, próximo da piscina e do pavilhão gimnodesportivo municipais.

No dia 15, havia alguma a confusão à porta daquele estabelecimento de ensino, na hora de saída dos alunos, já que se aglomeravam muitos pais na imediações da porta principal, conforme a foto documenta, impedindo que outros pudessem ver os seus filhos, ou que as crianças avistassem os seus pais.

A circulação de automóveis naquela zona, em horas de ponta, também não é muito fácil.

© Telmo Bértolo

sábado, 19 de setembro de 2009

OPINIÃO > Daniel Proença de Carvalho: «Voto útil»

O aspecto que mais me tem surpreendido nesta campanha para as legislativas é a aparente descontracção com que os líderes dos principais partidos vêem a questão da governabilidade do país na segunda-feira seguinte ao dia eleitoral.

A dr.a Manuela Ferreira Leite vai ao ponto de desvalorizar a relação entre governabilidade do país e Governo com maioria parlamentar.

Compreende-se perfeitamente que o BE, o PCP e o CDS lutem afincadamente contra qualquer maioria absoluta; como é evidente e natural, o CDS sonha em ser indispensável a um Governo liderado pelo PSD ou mesmo pelo PS. O BE quer ir aumentando o seu espaço de influência; se o PS ganhar sem maioria, o tom de voz de Francisco Louça, já de si bastante elevado, ganhará maior fôlego; se for o PSD, tentará mesmo liderar o descontentamento da esquerda, perante um Governo frágil.

O simples senso comum mostra que um Governo sem maioria é um Governo muito fraco, sem nenhumas condições para levar a cabo as reformas de que o país precisa.

Os eleitores, revelando bom senso, usaram o voto útil para darem maiorias a Sá Carneiro, Cavaco Silva e José Sócrates e, em coligação previsível, a Durão Barroso. Portugal estaria hoje muito pior se Cavaco Silva não pudesse ter levado a cabo as reformas de liberalização da economia no período longo em que governou, ou se José Sócrates não tivesse conseguido, antes da actual crise mundial, diminuir o défice das contas públicas, introduzir reformas importantes na Segurança Social e na Administração Pública e agir com rapidez nas medidas anti-crise no sector financeiro e no apoio às empresas e aos desempregados. Será que sem maioria parlamentar, quer Cavaco Silva, quer José Sócrates, teriam tido apoio para essas reformas?

No estado actual da composição partidária, só haverá duas alternativas viáveis e coerentes de estabilidade política: ou um Governo de maioria PS ou um Governo PSD/CDS. Os eleitores sem vinculação partidária, na hora de decidir, vão certamente equacionar a utilidade do seu voto. Quem desejar estabilidade não tem outras escolhas, quem preferir um voto de protesto tem muitas outras.

Neste cenário, esperava que os líderes dos dois principais partidos dramatizassem ― neste caso com verdade ― a necessidade de o país ter um Governo com a força suficiente para enfrentar as dificuldades que já estamos a viver e que não vão atenuar-se no futuro. A ambição de ganhar só é legítima se for para bem do país, não o será se for apenas para atingir uma vitória pírrica, que dará lugares no Governo, na Administração e nas empresas públicas, mas que não serve os portugueses.

Daniel Proença de Carvalho, Advogado

Fonte: Económico

Barack Obama: « A verdade é que o sucesso é muito difícil»

O presidente Barack Obama falou recentemente aos alunos da América, apresentando as suas ideias para a Educação. Eis as suas palavras:

Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: “Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro...”

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores ― suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais ―, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores ― quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina ―, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.

Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem ― se abandonarem a escola ―, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida ― o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família ― não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais ― centenas de horas a mais ― [do] que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar ― que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows ―, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: “Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido.”

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam ― temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador ― e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram ― nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza [de] que são capazes.

Fonte: i

Dan Brown regressa com novo sucesso

Literatura

O novo Dan Brown a caminho de ser o livro mais vendido em 2009

Por Isabel Coutinho

O escritor norte-americano quebrou o silêncio e, seis anos depois de ter lançado O Código Da Vinci, tem falado sobre si e sobre The Lost Symbol, que terça-feira chegou às livrarias

Meus amigos, a maçonaria não é uma sociedade secreta... é uma sociedade com segredos”, diz a determinada altura a personagem principal do novo livro de Dan Brown, The Lost Symbol, o professor de Simbologia em Harvard, Robert Langdon. “É a mesma coisa”, responde-lhe alguém. “Será? Vocês considerariam a Coca-Cola uma sociedade secreta?”, continua a personagem de Anjos e Demónios e de O Código Da Vinci, que na adaptação ao cinema é interpretada por Tom Hanks. “Claro que não”, respondem os seus alunos. As personagens de The Lost Symbol partem depois para uma discussão sobre se uma pessoa que não estivesse a trabalhar há muitos anos dentro da empresa da Coca-Cola alguma vez conseguiria aceder à fórmula secreta da famosa bebida. E Robert Langdon dá então aos seus alunos uma lição sobre o que é a maçonaria (não é uma religião) e explica-lhes que a capital dos EUA tem uma rica história maçónica. Mostra-lhes também a imagem onde George Washington, o primeiro Presidente dos Estados Unidos, aparece representado com um traje e acessórios maçónicos.

Depois de ter publicado O Código Da Vinci, em 2003, de que já se venderam 81 milhões de exemplares em todo o mundo, Dan Brown foi adiando a saída do seu novo romance. The Lost Symbol foi para as livrarias na terça-feira e será sem dúvida o livro mais vendido em 2009 (em Portugal será editado pela Bertrand a 29 de Outubro). Só para os EUA a tiragem foi de cinco milhões de exemplares (mais 1,5 milhões para serem vendidos fora dos Estados Unidos) e ao mesmo tempo que saiu o livro em capa dura foi lançada a versão e-Book. Só no primeiro dia, divulgou o grupo editorial Random House, venderam-se mais de 1 milhão de exemplares nos EUA, Canadá e Reino Unido.
A cadeia de livrarias inglesa Waterstone’s revelou que foi a venda mais rápida de um romance para adultos, desde sempre. “Tivemos vendas fenomenais do novo Dan Brown”, disse Simon Burke à The Bookseller. “The Lost Symbol é o romance para adultos que mais rapidamente se vendeu nas nossas lojas e o livro que mais vendeu a seguir ao último Harry Potter. Os leitores não quiseram esperar para ter nas mãos aquele que está destinado a ser o thriller da década.” Nos EUA, a venda dos livros também superou as expectativas da cadeia de livrarias Barnes & Noble ― que on-line tinha conseguido, juntamente com a Amazon, a maior pré-venda de um livro de ficção para adultos, diz a Publisher’s Weekly. Mas tanto nos EUA como no Reino Unido, quem se tem mais ressentido com as vendas são os pequenos livreiros, que não estão a ver The Lost Symbol voar das suas estantes por causa dos descontos que as grandes cadeias aplicaram ao preço do livro.
Numa longa entrevista exclusiva que deu a Matt Lauer, do programa Today Show, da NBC, Dan Brown explicou que sentiu a pressão do sucesso. “Há muitas pessoas para além de mim a desejar que este livro corra bem. Mas a maior pressão vem dos meus fãs, que esperaram muitos anos por um livro. Quero que fiquem felizes e espero que gostem deste livro tanto quanto gostaram de O Código Da Vinci.” Muitas coisas contribuíram para que o regresso de Dan Brown à ribalta só tenha acontecido agora
o sucesso, os processos em tribunal por plágio que ganhou, as adaptações ao cinema, todas as distracções , mas para escrever este thriller o escritor passou anos a investigar e deu-lhe muito trabalho transformar esse conhecimento numa história de ficção acessível a todos. Não pertence à maçonaria, mas ter estado a trabalhar neste romance ajudou-o a imaginar um tempo em que os preconceitos religiosos desaparecessem e levou-o a considerar a filosofia maçónica como um “bonito projecto para a espiritualidade humana”. Segundo o jornal The Washington Post, sentiu-se tentado a juntar-se à maçonaria, mas se o tivesse feito era obrigado a um voto de silêncio e não teria escrito o livro.

Para quem esperou tantos anos seis por um novo livro de Dan Brown, The Lost Symbol é uma leitura segura. Desde as primeiras páginas que se percebe que temos nas mãos um livro de Dan Brown e que o escritor norte-americano está a seguir o esquema que sempre seguiu. Embora agora a acção demore doze horas.

Dan Brown, como ele próprio diz, não é William Faulkner. Mas continua a fazer aquilo que faz melhor do que todos os que o tentaram copiar. “Faço algo muito intencional e específico nestes livros, que é misturar factos e ficção num estilo muito moderno e eficiente de contar uma história. Há pessoas que percebem o que eu faço, apanham a carruagem, deixam-se ir e gostam da viagem, e há outras pessoas que se calhar deviam ler livros de outra pessoa qualquer”, disse ao Today Show.

Fonte: PÚBLICO [18.09.2009]

Professores voltam aos protestos

Os Professores voltam hoje a manifestar-se em Lisboa, em três locais diferentes, com o objectivo de mostrarem que não esqueceram a acção deste Governo, particularmente na área da Educação.

Esta iniciativa não será tão participada como as manifestações organizadas pelos sindicatos de professores, mas nem por isso será menos importante. Continua a ser necessário demonstrar publicamente que os docentes foram ‘perseguidos’, mas não foram vencidos!...

Para saber mais:

Educare

PÚBLICO

TSF

VISÃO

De Espanha, um bom exemplo

Ley de Autoridad del Professor protagoniza un discurso marcado por la crisis

Madrid, 15 sep (EFE).― El anuncio de una ley para conceder más autoridad a los profesores ha centrado hoy el discurso de la presidenta de la Comunidad de Madrid, Esperanza Aguirre, en el Debate sobre el estado de la Región, junto a su oferta de “diálogo” a la oposición y los agentes sociales para superar la crisis.

En una intervención con escasos anuncios, el compromiso de Aguirre de presentar próximamente en el Parlamento madrileño una Ley de Autoridad del Profesor ha suscitado el principal interés, máxime cuando se encuentra reciente el debate sobre los valores educativos a raíz de la conducta violenta de un grupo de jóvenes en las fiestas de Pozuelo.

La presidenta ha explicado que la Ley de Autoridad del Profesor concederá a “todos los funcionarios docentes de Primaria y Secundaria la condición de autoridad pública” y que las faltas que se realicen contra ellos tendrán una “consideración más grave” que en la actualidad.

Ha señalado que situará en los equipos directivos de los centros la “responsabilidad del mantenimiento del orden”, lo que compensará con una subida de retribuciones a los jefes de estudio y secretarios.

También pretende que las “familias se impliquen más en el cumplimiento de las normas” establecidas en el Decreto de Convivencia de 2007, entre ellas la prohibición del uso del teléfono móvil en las clases.

Para ello, ha dicho que pedirá a los directores que envíen a los padres durante este mes de septiembre esas normas por escrito, para que las devuelvan firmadas en señal de aceptación.

Aguirre ha defendido que Educación para la Ciudadanía “es enseñar a los jóvenes a comportarse de forma civilizada”, que “no se puede hablar de libertad sin reglas” y que “ahí radica la mejor prevención contra el vandalismo”.

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ABC.es

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

É preciso ter lata...

Sócrates encontrou-se com líderes da SONAE

20h50m

JN

José Sócrates encontrou-se, esta noite, com o presidente da SONAE, na Casa de Serralves, no Porto, onde decorreu um jantar de comemoração dos 50 anos deste grupo económico.

O primeiro-ministro fez saber que se deslocou ao Porto “para homenagear uma grande empresa”. Questionado pelos jornalistas se, durante o encontro, o caso das alegadas escutas à presidência da República tinha sido abordado, José Sócrates respondeu com a frase “tenham dó”.

O primeiro-ministro esteve na Casa de Serralves a convite do presidente executivo da SONAE, Paulo Azevedo. “Após o convite e insistência do dr. Paulo Azevedo, o primeiro-ministro decidiu estar presente no início da cerimónia”, disse um elemento do gabinete de José Sócrates.

Já na qualidade de secretário-geral do PS, Sócrates regressou à campanha eleitoral e encerra o comício de Braga dos socialistas, no pavilhão do ABC.

Fonte: Jornal de Notícias

Da Escola inclusiva que pratica a insidiosa exclusão

Tema pouco estudado, problema que nem vemos, muitas vezes. Em nome da inclusão, da escola inclusiva, da escola para todos, oferecemos o mesmo a todos, nos mesmos espaços e tempos, com as mesmas actividades e recursos, quando cada um reclama respostas singulares e específicas. E assim pensamos que tratar do mesmo modo o que é diferente é uma forma de promover a igualdade. Defendemos turmas “heterogéneas” acreditando que essa diversidade social, cultural, cognitiva e emocional e os diferentes patamares de domínio de conhecimentos são preciosas fontes de enriquecimento das aprendizagens. Em condições ideais, sim. Mas a realidade aí está para se impor às teorias. Em muitas situações, os limiares da complexidade no interior da sala de aula são largamente ultrapassados, instalando-se o caos onde quase ninguém aprende. Se queremos a equidade e uma escola mais justa não podemos ficar “indiferentes às diferenças”. Não podemos dar “mais do mesmo”, acrescentando ao currículo o que manifestamente não resulta. É preciso conceber, experimentar e avaliar novos paradigmas de escolarização onde todos possam realmente aprender mais. E onde o sucesso não seja a consequência da indiferença e do abandono e das passagens administrativas.

Fonte: Terrear