terça-feira, 27 de agosto de 2013

De novo o flagelo dos incêndios...



Nos últimos dias têm ocorrido alguns incêndios no concelho de Cabeceiras de Basto, que só a pronta intervenção de populares ou dos bombeiros tem evitado o alastrar do fogo e a destruição de grandes manchas florestais ou mesmo de habitações.
Ontem, ao fim da tarde, começou um incêndio nas imediações de Painzela, conforme a foto documenta
 
Se não tivesse sido atacado rapidamente, decerto teria causado muitos preocupações, pois estava próximo de uma mancha florestal onde pontificam pinheiros bravos e eucaliptos, que ardem como pólvora.
Hoje, segundo à página da Autoridade Nacional de Protecção Civil, estava em curso um incêndio na zona de Vilar – Gondiães, a zona mais distante da sede do concelho.
Julga que a foto seguinte consegue documentar que  o ar de Cabeceiras de Basto estava hoje mais poluído do que é habitual, devido ao fumo dos vários incêndios que lavravam em vários locais e em concelhos diferentes.
Assistiremos algum dia ao fim deste flagelo que nos apoquenta todos os anos?

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Deverão as escolas poder escolher os seus docentes?



Há quem defenda este caminho, como é o caso de David Justino, antigo ministro da Educação e actual presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE). Deus nos livre de tal situação! Espero que tal nunca aconteça e muito menos durante o tempo que me falta para a reforma. Mas teremos de estar vigilantes, pois se mantivermos uma atitude passiva, como fizemos durante muito tempo, essa possibilidade poderá tornar-se uma realidade… Há quem o deseje há muito tempo!...

A propósito de Liberdade...



«A única liberdade digna desse nome é a de buscarmos o nosso próprio bem pelo nosso próprio caminho, na medida em que não privemos os outros do seu bem nem os impeçamos de se esforçarem por consegui-lo. Cada um de nós é o guardião natural da sua própria saúde, seja esta física, mental ou espiritual. A humanidade ganha mais consentindo a cada qual viver à sua maneira do que obrigando-o a viver à maneira dos demais.»
John Stuart Mill, Sobre a Liberdade

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A imbecilidade terá cura?



«Em que consiste essa consciência, que nos curará da imbecilidade moral? Fundamentalmente nos traços seguintes:
a) Saber que nem tudo vem a dar no mesmo porque queremos realmente viver e, além disso, viver bem, humanamente bem.
b) Estarmos dispostos a prestar atenção para vermos se aquilo que fazemos corresponde ou não ao que deveras queremos.
c) À base de prática, irmos desenvolvendo o bom gosto moral, de tal modo que haja certas coisas que nos repugne espontaneamente fazer (por exemplo, termos «nojo» de mentir como temos em geral nojo de mijar na terrina da sopa que vamos comer a seguir...).
d) Renunciarmos a procurar argumentos que dissimulem o facto de sermos livres e portanto razoavelmente responsáveis pelas consequências dos nossos actos.»
Fernando Savater, Ética para Um Jovem,
D. Quixote, Alfragide, 2012, pp. 86

MEC acusado de mau uso de dinheiros públicos



O Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) vai mesmo avançar já em setembro com um processo em tribunal contra o Ministério da Educação e Ciência por mau uso de dinheiros públicos e protecção ilegítima de interesses privados.
Fonte: TVI

Como reconhecer a imbecilidade?



É capaz de reconhecer um(a) imbecil? Mesmo que a resposta seja afirmativa, não deixe de ler o texto que a seguir transcrevo.

«Sabes qual é a única obrigação que temos nesta vida? Pois é a de não sermos imbecis. A palavra «imbecil» é mais densa do que parece, não duvides. Vem do latim baculus, que significa «bastão»: o imbecil é o que precisa de um bastão ou bengala para andar. Que não se zanguem connosco os coxos nem os velhos, porque a bengala a que nos referimos não é a que muito legitimamente se usa para ajudar a sustentar-se e a andar um corpo enfraquecido por algum acidente ou pela idade. O imbecil pode ser tão ágil quanto se queira e dar saltos como uma gazela olímpica, não é disso que se trata. Se o imbecil coxeia não é dos pés, mas do espírito: é o seu espírito que é enfermiço e manco, embora o seu corpo possa dar cambalhotas de primeira. Há imbecis de diversos modelos, à escolha:
a) O que acredita que não quer nada, o que diz que para ele é tudo igual, o que vive num perpétuo bocejo ou numa sesta permanente, mesmo que tenha os olhos abertos e não ressone.
b) O que acredita que quer tudo, a primeira coisa que lhe aparece e o contrário do que lhe aparece: ir-se embora e ficar, dançar e estar sentado, mascar dentes de alho e dar beijos su- blimes, tudo ao mesmo tempo.
c) O que não sabe o que quer nem se dá ao trabalho de o averiguar. Imita os quereres dos seus vizinhos ou contraria-os porque sim, tudo o que faz lhe é ditado pela opinião maioritária daqueles que o rodeiam: é conformista sem reflexão ou revoltado sem causa.
d) O que sabe que quer e sabe o que quer e, mais ou menos, sabe porque é que o quer, mas quer pouco, com medo ou sem força. Acaba sempre por fazer, bem vistas as coisas, o que não quer, deixando o que quer para amanhã, pois talvez amanhã esteja mais bem-disposto.
e) O que quer com força e ferocidade, em estilo bárbaro, mas se enganou a si próprio acerca do que é a realidade; despista-se em grande e acaba por confundir a vida boa com aquilo que o há-de tornar pó.
Todos estes tipos de imbecilidade precisam de bengala, ou seja, precisam de se apoiar em coisas de fora, alheias, que nada têm a ver com a liberdade e a reflexão pessoais. Lamento dizer-te que os imbecis costumam acabar bastante mal, pense o vulgo o que pensar. Quando digo que «acabam mal» não me refiro ao facto de acabarem na prisão ou fulminados por um raio (isso só nos filmes costuma acontecer); limito-me a indicar-te que costumam fartar-se de si próprios e nunca conseguem viver uma vida boa, como essa que nos agrada tanto, a ti e a mim. E ainda lamento mais informar-te de que sintomas de imbecilidade quase todos nós os temos; bom, eu pelo menos descubro-os na minha pessoa dia sim, dia sim; oxalá que tu consigas melhor do que eu... Conclusão: Alerta! Em guarda! A imbecilidade ronda e não perdoa!»

Fernando Savater, Ética para Um Jovem,  
D. Quixote, Alfragide, 2012, pp. 83-84

domingo, 18 de agosto de 2013

Festa das Associações anima Cabeceiras de Basto (S. Nicolau)




Cabeceiras de Basto (S. Nicolau) esteve este fim-de-semana em festa com a realização da tradicional Festa das Associações. Na sexta-feira à noite teve lugar a música de concertinas e a realização de um jogo de futebol, para o qual foram convidados os maiores de 35 anos, que animou os espectadores, os quais deram fartas gargalhadas durante a realização do mesmo. Enfim, a comunidade daquela freguesia convive e diverte-se, esquecendo os tempos de crise durante alguns momentos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A EMBRIAGUEZ, segundo o Padre António Vieira


EMBRIAGUEZ
Contudo em outras matérias, não poucas, nem pouco graves, vejo entre nós viver muito leves e muito alegres sem nenhum escrúpulo algumas almas, e não das menores, como fala Séneca... as quais pelo que obram, ou têm obrado, assim no Reino, como fora dele, deveram andar muito tristes e muito escrupulosas. Aquelas dívidas que não se pagam, aquelas violências e os danos delas, aqueles votos injustos e suas consequências, aquelas informações falsas antepostas ao merecimento verdadeiro, aquelas riquezas adquiridas não sei como, ou como todos sabem, não são matérias bastantes para causar grandes escrúpulos? Pois como é possível que o não façam homens cristãos, e que se confessam, e comungam? É porque lhes diverte o escrúpulo, e porque lhes perturba e tira o juízo, não o remédio de Lutero, mas outro muito semelhante.
………………………………………………
Assim que, não é só o vinho o que embebeda. Embebeda a soberba, embebeda a ambição, embebeda a cobiça, embebeda a luxúria, embebeda a ira, embebeda a inveja, e até aos que não têm a invejar embebeda a sua mesma fortuna, como de Cleópatra disse o Poeta... Por este modo, sem perder a fé, bebendo-se docemente os vícios, se adormentam neles os escrúpulos, e se divertem os estímulos da consciência, como fazia Lutero. Na mocidade esperando pela velhice, na velhice não crendo a morte, e na mesma morte por amor da família, que cá fica, levando o escrúpulo atravessado na garganta, e sendo levados dele aonde já não têm remédio. 
Padre António Vieira, Sermões

Bicicletas ocupam espaço que já foi do comboio...

Lugar desta região eleito como um dos 10 mais bonitos


A revista SÁBADO [Edição n.º 485 – 14 AGOSTO 2013] publicou um interessante artigo subordinado ao tema «OS 10 LUGARES MAIS BONITOS A MENOS DE UMA HORA DE LISBOA E PORTO». Ora a curiosidade é que em 5.º lugar surge um lugar daqui da Região de Basto: Fisgas de Ermelo.

Quem ainda acredita que terá direito a uma pensão de reforma?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Descubra as diferenças...



A Praça da República de Cabeceiras de Basto era assim antes das obras que a descaracterizaram e taparam o Mosteiro de S. Miguel de Refojos a quem desce da freguesia de Outeiro e a quem vem da Boavista e quer deslocar-se para aquele lugar. Aqui fica a lembrança de como era aquele espaço, num registo fotográfico datado de 17 de Setembro de 1995. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Filha de Agustina Bessa-Luís lança livro de contos sobre o Douro


A pintora e escritora Mónica Baldaque apresentou recentemente o novo livro «Vinte Anos na Província», o qual é constituído por um conjunto de dez contos. A filha da consagrada escritora Agustina Bessa-Luís  falou à RTP da sua nova obra.

domingo, 4 de agosto de 2013

POESIA > Fernando Pessoa: «Há em tudo que fazemos»

E se lêssemos mais o nosso maior pregador?



O BOM CONSELHEIRO
Ninguém pode mandar só, se houver de mandar como convém. Ao lado do ofício de mandar, deve andar sempre o ofício de sugerir, ou como companheiro, ou como instrumento inseparável. A obrigação e exercício deste segundo e tão importante ofício, é o que significa a mesma palavra sugerir; que vem a ser, lembrar, inspirar, aconselhar, conferir, persuadir, despertar, instar. Os talentos que para o mesmo ofício se requerem, são maiores e mais relevantes: grande entendimento, grande compreensão, grande juízo, grande conselho, grande zelo, grande fidelidade, grande vigilância, grande cuidado, grande valor. As disposições e os meios com que se exercita, ainda são de mais altas e mais interiores prerrogativas: suma comunicação, suma confiança, íntima amizade, íntima familiaridade, íntimo amor; e não só perfeita união, senão ainda unidade. De sorte que os dois sujeitos em que concorrem estes dois ofícios, de tal maneira hão-de ser dois, que verdadeiramente sejam um: de tal maneira hão-de ser diversos, que verdadeiramente sejam o mesmo.
Padre António Vieira, Sermões