quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Não votar Francisco Alves ...

Aproxima-se a passos largos a data das eleições autárquicas. Embora haja a possibilidade de votar em três listas [Independentes por Cabeceiras (IPC), Partido Socialista (PS) e Coligação Democrática Unitária (CDU)], apenas as duas primeiras terão fortes possibilidades de conquistar a cadeira presidencial.
O PS, que está à frente dos destinos do concelho há mais de 20 anos, apresenta-se a estas eleições com a vontade real de manter o poder, para poder continuar o trabalho pelo desenvolvimento do concelho.
O IPC, que aposta no tudo ou nada nestas eleições, rendeu-se aos encantos do PSD e CDS, com a miragem de assim chegar ao poder… Ora este movimento político agrega gente das mais diversas origens políticas, que ainda não terá dado conta de que o anterior presidente da Câmara, Eng.º Joaquim Barreto, já não é candidato na lista do PS à Câmara Municipal, tem vindo a desenvolver uma campanha que tenta criar fantasmas, de modo a procurar incutir receio nas pessoas…
Tenho a dizer que há cerca de 24 anos fui um dos elementos que integraram a comissão de candidatura do Eng.º Joaquim Barreto, a qual planeou e executou uma campanha que empenhou todas as suas forças para conquistar a Câmara Municipal. Alguns dos elementos preponderantes do IPC que agora se queixam de falta de liberdade eram acérrimos defensores de Joaquim Barreto e até o endeusavam… Quem for sério, admitirá que o concelho já estava bem melhor quando Joaquim Barreto deixou de concorrer à Câmara Municipal, por limitação de mandatos.
Sabemos como surgiu o IPC, há quatro anos. O seu líder, Jorge Machado, foi durante mandatos sucessivos vereador da Câmara Municipal presidida por Joaquim Barreto e nunca, que eu saiba, se queixou de falta de liberdade. Até se tornou militante do Partido Socialista. Mas o caldo entornou-se, há quatro anos, quando na votação para a escolha do candidato do PS os militantes optaram pelo Dr. China Pereira. Naquela época, Jorge Machado terá sentido ‘falta de liberdade’ e como seria quase impossível concretizar o seu sonho, escolheu a via de medir forças com o partido que o promovera durante mais de uma década. Aqui chegados, sabemos como é fácil arregimentar comparsas cujo ego se coloca sempre na primeira fila para ter visibilidade e procurar obter um lugar que lhe possa dar algum prestígio e poder…
O actual Presidente da Câmara, levou a bom porto a sua função, quando alguns punham em dúvida o seu desempenho, a partir do pedido de demissão do Dr. China Pereira, sobretudo devido às ondas geradas no partido e fora dele. Fui acompanhando o desenrolar do mandato, como um cidadão interessado pelas coisas que se vão passando na terra em que vive, e verifiquei como Francisco Alves soube honrar o cargo que tem exercido e dignificar o concelho de Cabeceiras de Basto. Quando muitos julgavam impossível gerir a Câmara Municipal, Francisco Alves teve o engenho de construir pontes…
Do que atrás fica dito, deverá concluir-se que não votar Francisco Alves é defender uma terra em que:
–  a mentira se sobrepõe à verdade;
–  os egoísmos pessoais ou de grupo se sobrepõem à solidariedade;
– o ódio e a maledicência se sobrepõem ao respeito pelo nosso semelhante e à tolerância;
–  o facilitismo se sobrepõe ao rigor e à responsabilidade.
Assim, no próximo dia 1 de Outubro votarei nas listas do Partido Socialista, esperando e desejando que Francisco Alves continue a gerir os destinos do nosso concelho.
Nota: Nunca fui militante de qualquer partido político e também não integro as listas do PS. O que aqui deixo escrito, fi-lo de livre e espontânea vontade.
         Há alturas em que não podemos ficar indiferentes. Esta é uma delas ! …
Telmo Bértolo

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