Aproxima-se a
passos largos a data das eleições autárquicas. Embora haja a possibilidade de
votar em três listas [Independentes
por Cabeceiras (IPC), Partido Socialista (PS) e Coligação Democrática Unitária
(CDU)], apenas as duas primeiras terão fortes possibilidades de conquistar a cadeira presidencial.
O PS, que está à
frente dos destinos do concelho há mais de 20 anos, apresenta-se a estas eleições com a vontade
real de manter o poder, para poder continuar o trabalho pelo desenvolvimento do
concelho.
O IPC, que aposta
no tudo ou nada nestas eleições, rendeu-se aos encantos do PSD e CDS, com a miragem
de assim chegar ao poder… Ora este movimento político agrega gente das mais
diversas origens políticas, que ainda não terá dado conta de que o anterior
presidente da Câmara, Eng.º Joaquim Barreto, já não é candidato na lista do PS
à Câmara Municipal, tem vindo a desenvolver uma campanha que tenta criar
fantasmas, de modo a procurar incutir receio nas pessoas…
Tenho a dizer
que há cerca de 24 anos fui um dos elementos que integraram a comissão de
candidatura do Eng.º Joaquim Barreto, a qual planeou e executou uma campanha
que empenhou todas as suas forças para conquistar a Câmara Municipal. Alguns
dos elementos preponderantes do IPC que agora se queixam de falta de liberdade
eram acérrimos defensores de Joaquim Barreto e até o endeusavam… Quem for
sério, admitirá que o concelho já estava bem melhor quando Joaquim Barreto deixou
de concorrer à Câmara Municipal, por limitação de mandatos.
Sabemos como
surgiu o IPC, há quatro anos. O seu líder, Jorge Machado, foi durante mandatos
sucessivos vereador da Câmara Municipal presidida por Joaquim Barreto e nunca,
que eu saiba, se queixou de falta de liberdade. Até se tornou militante do
Partido Socialista. Mas o caldo entornou-se, há quatro anos, quando na votação
para a escolha do candidato do PS os militantes optaram pelo Dr. China Pereira.
Naquela época, Jorge Machado terá sentido ‘falta de liberdade’ e como seria
quase impossível concretizar o seu sonho, escolheu a via de medir forças com o
partido que o promovera durante mais de uma década. Aqui chegados, sabemos como
é fácil arregimentar comparsas cujo ego se coloca sempre na primeira fila para
ter visibilidade e procurar obter um lugar que lhe possa dar algum prestígio e
poder…
O actual
Presidente da Câmara, levou a bom porto a sua função, quando alguns punham em
dúvida o seu desempenho, a partir do pedido de demissão do Dr. China Pereira,
sobretudo devido às ondas geradas no partido e fora dele. Fui acompanhando o
desenrolar do mandato, como um cidadão interessado pelas coisas que se vão
passando na terra em que vive, e verifiquei como Francisco Alves soube honrar o
cargo que tem exercido e dignificar o concelho de Cabeceiras de Basto. Quando
muitos julgavam impossível gerir a Câmara Municipal, Francisco Alves teve o
engenho de construir pontes…
Do que atrás
fica dito, deverá concluir-se que não
votar Francisco Alves é defender uma terra em que:
– a mentira se sobrepõe à verdade;
– os egoísmos pessoais ou de grupo se sobrepõem
à solidariedade;
– o ódio e a
maledicência se sobrepõem ao respeito pelo nosso semelhante e à tolerância;
– o facilitismo se sobrepõe ao rigor e à
responsabilidade.
Assim, no
próximo dia 1 de Outubro votarei nas listas do Partido Socialista, esperando e
desejando que Francisco
Alves continue a gerir os destinos do
nosso concelho.
Nota:
Nunca fui militante de qualquer partido político e também não integro as listas
do PS. O que aqui deixo escrito, fi-lo de livre e espontânea vontade.
Há alturas em que não podemos ficar indiferentes. Esta
é uma delas ! …
Telmo Bértolo
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