quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Livros de papel 'versus' livros digitais



“Guardarei sempre essa ideia, ainda que possa vir a ler em ecrãs sofisticados e frios. O livro de papel, como o coração, é um símbolo. Habituei-me a conferir-lhe determinadas mágicas que, por mais sofisticação que me assalte, não serão substituídas. O livro, esse de folhas, pulsa. O livro pulsa.
As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objectos para acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De confiança. (...)”

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