A FENPROF apresentou hoje as conclusões sobre o ano lectivo.

Ó meu caro Professor...

Deus escreve direito

Deus escreve direito por linhas tortas
E a vida não vive em linha recta
Em cada célula do homem estão inscritas
A cor dos olhos e a argúcia do olhar
O desenho dos ossos e o contorno da boca
Por isso te olhas ao espelho:
E no espelho te buscas para te reconhecer
Porém em cada célula desde o início
Foi inscrito o signo veemente da tua liberdade
Pois foste criado e tens de ser real
Por isso não percas nunca teu fervor mais austero
Tua exigência de ti e por entre
Espelhos deformantes e desastres e desvios
Nem um momento só podes perder
A linha musical do encantamento
Que é teu sol, tua luz, teu alimento

Sophia de Mello Breyner Andresen
in O búzio de Cós

Militares despedem-se de Cabeceiras

As forças militares que estiveram em Cabeceiras de Basto desde o dia 24 de Julho despediram-se hoje desta terra, com uma cerimónia militar, realizada no Parque do Mosteiro, à qual assistiram altas patentes militares e os presidentes das Câmaras de Cabeceiras de Basto e de Guimarães, assim como a população. A seguir, houve a demonstração das capacidades desta força militar (Agr MIKE/BrigInt/KFOR) que, a partir de Setembro, viajará para o Kosovo, onde permanecerá seis meses.
Apesar de o dia ter amanhecido chuvoso, decorreu quase tudo sem chuva, tendo recomeçado a chover já no final da demonstração das capacidades da força militar.
O representante da força militar agradeceu o apoio da Câmara Municipal e da população durante a permanência dos militares neste concelho.

A grande corrupção estará a crescer…

O Eng.º João Cravinho, autor de um pacote legislativo que deixou no Parlamento antes de ir para Londres para a direcção do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), viu as suas propostas rejeitadas pela sua própria bancada, a do PS. Entrevistado no programa “Diga Lá, Excelência”, programa do jornal PÚBLICO, da Rádio Renascença e da RTP2, exteriorizou a sua desilusão.
Admitindo que a modernização da administração pública, o "Simplex", criou «uma estrutura mais organizada» e levou a que «a corrupção burocrática e administrativa, a pequena corrupção, tenha diminuído com muito significado em alguns sectores, desde a administração fiscal, algumas câmaras municipais», observou: «Estamos a falar daquele dinheiro para fazer andar os pequenos processos mais depressa.»
Contudo, sublinhou que «na grande corrupção de Estado, toda a gente tem a sensação que estamos numa situação muito complicada e em crescendo».
Referindo-se ao recém-criado Conselho para a Prevenção da Corrupção (CPC), afirmou que é «uma entidade de forte pendor governamental», acrescentando: «Tem oito elementos e só três é que têm um estatuto intrínseco de independência. Três são inspectores-gerais, que por lei são dependentes do Governo.»
João Cravinho assume na mesma entrevista como um derrota o facto de o sistema de combate à corrupção que deixou no Parlamento não ter sido aprovado, comparando a sua iniciativa a «um soldado no campo de batalha que combateu, mas foi derrotado pelo inimigo».
Culpando o seu grupo parlamentar por ter tomado «uma posição muito clara que não estava de acordo» com as suas propostas, realçou que foi «derrotado por todos aqueles» que não concordaram consigo.
O Partido Socialista (PS) reagiu a estas declarações, através do líder do seu grupo parlamentar, Alberto Martins, o qual acusou o ex-ministro e ex-deputado do PS João Cravinho de ter «abandonado a meio» o combate contra à corrupção e observou: «O PS não recebe lições de combate à corrupção do engenheiro João Cravinho. O combate pratica-se e não vive de proclamações. Quem faz deste combate, repressivo e preventivo, uma bandeira, não o deixa a meio.»
Se o PS não aceita as “lições” de um seu membro ilustre, de quem as aceitará?!...

Imagine.... Não faz mal nenhum!

Não faz mal nenhum imaginar... Pelo contrário! Se algumas pessoas imaginassem o sofrimento que as suas acções provocam nos outros, talvez não fizessem determinadas coisas...

Militares despertam a curiosidade

Durante alguns dias, centenas de militares, equipamentos e viaturas bélicas, encheram as ruas e praças de Cabeceiras de Basto, despertando nos residentes bastante curiosidade. Hoje, véspera da partida, os militares estiveram particularmente activos, preparando a cerimónia militar que irá decorrer no Parque do Mosteiro, a partir das 12 horas.



Nos jardins da Praça da República, estiveram em exposição uma viatura Blindada de Rodas PANDUR II 8x8, uma viatura Blindada de Rodas V-200 Chaimite e uma Auto-metralhadora V-150 Cadillac Gage, que puderam ser visitadas e apreciadas pela população local, estando sempre disponível um militar para prestar todas as informações sobre este tipo de veículos.
A Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto manifestou contentamento por este concelho ter sido escolhido pela Brigada de Intervenção para este exercício de aprontamento, sublinhando que «não terá sido alheia a quantidade e qualidade de um conjunto de equipamentos e condições naturais propícias ao desenvolvimento das actividades e exercícios».






Não se pense que estas viaturas blindadas estão aqui prontas para abrir fogo… Estão apenas disponíveis para ser visitadas pelos curiosos, que nunca as viram de perto.

Exército ‘invade’ Cabeceiras

Decorre em Cabeceiras de Basto, desde o dia 24 de Julho, o exercício final de aprontamento – Pristina 082 – do Agrupamento Mike/Brigin que integrará a Kosovo Force (KFOR), a força multinacional, liderada pela NATO e responsável por estabelecer e manter a segurança no Kosovo.
Os cerca de 300 militares que integram o batalhão que Portugal vai enviar para aquele território desenvolvem no terreno a capacidade de planear e controlar operações, que integram, entre outras, o controlo de tumultos, a reacção a emboscadas e a ataques de ‘snipers’, escoltas de colunas militares e humanitárias e acções de demonstração de força.
Os militares montaram o ‘quartel-general’ nas instalações da Escola EB 2 . 3/ S local, tendo atraído a curiosidade dos habitantes desta vila, os quais vão seguindo as movimentações.
Foi montada uma exposição na Casa da Cultura, na qual estão presentes mostras heráldicas do Regimento de Cavalaria 6 (RC6), da Brigada de Intervenção e das Forças Nacionais destacadas para os Teatros de Operações da Bósnia-Herzegovina, Kosovo e Timor-Leste. Os visitantes podem ver uma mostra de materiais, equipamentos, armamento e fardamento utilizados pelo Exército Português e pelo Agrupamento Mike. Nos jardins da praça principal da vila, encontram-se em exposição uma viatura Blindada de Rodas PANDUR II 8x8, uma viatura Blindada de Rodas V-200 Chaimite e uma Auto-metralhadora V-150 Cadillac Gage, decorrendo actividades radicais (escalada, rappel e slide), sob orientação dos militares.
O exercício “Pristina 082” decorre em Cabeceiras de Basto dado que «o cenário pretende retratar, o mais fielmente possível, as características do Kosovo, com todas as especificidades inerentes a um teatro de operações», referiu uma fonte daquela força militar ao jornal “Diário do Minho”.
Este exercício em Cabeceiras da Basto terminará amanhã, com uma cerimónia militar, a partir das 12 horas, seguindo-se a demonstração de capacidades do Agrupamento MIKE/BrigInt/KFOR.
Com um total de 290 elementos, esta força militar integra 29 oficiais, 56 sargentos e 205 praças, sendo o grosso do contingente oriundo da região centro.

POESIA

Eis um poema de Fernando Pessoa, poeta que muito gosto de ler, mais propriamente do seu heterónimo Ricardo Reis.

Não tenhas nada nas mãos
Nem uma memória na alma,

Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último,

Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.

Que trono te querem dar
Que Átropos to não tire?

Que louros que não fanem
Nos arbítrios de Minos?

Que horas que te não tornem
Da estatura da sombra

Que serás quando fores
Na noite e ao fim da estrada.

Colhe as flores mas larga-as
Das mãos mal as olhaste.

Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.

Ricardo Reis
19.6.1914

Iniciação

Esta é a minha iniciação num blogue como autor. Há muito tempo que visito blogues, mas só agora tive oportunidade de criar um espaço onde possa dar conta das minhas alegrias, das minhas inquietações, das minhas indignações e do que mais tarde se verá.
Desde já deixo claro que não hipotequei a minha liberdade a nenhum partido político. Tal como escreveu o ilustre escritor Miguel Torga, meu comprovinciano, «Não posso ter outro partido senão o da liberdade».