terça-feira, 27 de agosto de 2019
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
Partilha de leituras (II)
Na sequência da publicação de um extracto da obra «Conversa com Deus», de Neale Donald Walsch, aqui fica mais um.
Então Jesus não veio de Deus, veio do espaço exterior.
O
vosso erro esta em separarem os dois. Insistem em fazer uma distinção, tal como
insistem em fazer separação e distinção entre
humanos e Deus. E digo-vos, não há distinção.
Hummm. Está bem. Podes dizer-me umas últimas coisas sobre os seres de
outros mundos antes de terminarmos? O que vestem? Como comunicam? E por favor
não digas que continua a ser apenas curiosidade sem objectivo. Penso ter
demonstrado que podemos ter aqui algo a aprender.
Está
certo. Resumidamente.
Nas
culturas altamente evoluídas, os seres não vêem necessidade de se vestirem,
excepto quando é necessário para se protegerem de elementos ou condições sobre
as quais não exercem qualquer controlo, ou quando usam ornamentos para indicar
uma “posição” ou distinção.
Um
SAE não compreenderia porque cobrem totalmente o corpo quando não precisam –
certamente não entenderia o conceito de “vergonha” ou “modéstia” –, e nunca
poderia aceitar a ideia de roupagens para se tornar “mais bonito”. Para
um
SAE não existe nada mais belo que o próprio corpo nu, e portanto o conceito de
usar uma coisa por cima para o tornar mais agradável ou atraente seria
totalmente incompreensível. Igualmente incompreensível seria a ideia de viver –
e passar a maior parte do tempo – em caixas... a que chamam “prédios” e
“casas”. Os SAE vivem no ambiente natural e só ficariam dentro duma caixa se o
ambiente se tornasse inóspito – o que raramente acontece, já que as civilizações
altamente evoluídas criam, controlam e cuidam dos seus ambientes.
Os
SAE também compreendem que são Um com o ambiente, que partilham mais do que
espaço com os seus ambientes, partilhando também uma relação mutuamente dependente.
Um SAE nunca poderia compreender porque danificam ou destroem o que vos
sustenta, e só poderia concluir que não compreendem que é o vosso ambiente que
vos sustenta; que são seres com capacidades de observação muito limitadas.
Quanto
à comunicação, um SAE utiliza como primeiro nível de comunicação o aspecto do
seu ser a que chamariam sentimentos. Os SAE têm consciência dos seus
sentimentos dos sentimentos dos outros, e ninguém faz jamais qualquer
tentativa de esconder os sentimentos. Os SAE considerariam auto-derrotista, e
portanto incompreensível, esconder os sentimentos e depois queixar-se de que
ninguém compreende como se sentem.
Os
sentimentos são a linguagem da alma, e os seres altamente evoluídos
compreendem-no. O propósito da comunicação numa sociedade de SAE é
conhecerem-se uns aos outros na verdade. Um SAE, portanto, não pode, nem jamais
poderia, compreender o vosso conceito humano de “mentir”.
Conseguir
fazer o que se quer comunicando uma não verdade seria para um SAE uma vitória
tão vazia, que deixaria de ser uma vitória para passar a ser uma derrota
avassaladora.
Os
SAE não “dizem” a verdade, os SAE são a verdade. Todo o seu ser provém de “o que é assim” e de “o que funciona”,
e os SAE aprenderam, desde há muito, num tempo para além da memória em que a
comunicação ainda se fazia através de sons guturais, que a não-verdade não
funciona. Na vossa sociedade, ainda não aprenderam isso.
No
vosso planeta, grande parte da sociedade baseia-se no secretismo. Muitos de vós
acreditam que é o que se esconde dos outros, e não o que se diz aos outros, que
faz as coisas funcionarem. O secretismo tornou-se assim o vosso código social, o
vosso código de ética. É verdadeiramente o vosso Código Secreto.
Isto
não é verdade para todos vós. As vossas culturas antigas, por exemplo, e os
povos indígenas, não vivem por esse código. E muitos indivíduos na vossa
sociedade actual recusaram-se a adoptar esses comportamentos.
No entanto, o vosso governo rege-se por esse código, as
empresas adoptam-no, e muitas das vossas relações reflectem-no. Mentir – sobre
grandes e pequenas coisas – tornou-se de tal forma aceite por tantos que até
mentem sobre a mentira. Foi assim que desenvolveram um código secreto do vosso
Código Secreto. Como o facto de o imperador ir nu, todos o sabem, mas ninguém
fala no assunto. Até tentam fingir que não é assim – e aí estão a mentir a vós
próprios.
Já tinhas frisado esse ponto anteriormente.
Estou
a repetir neste diálogo os pontos essenciais, os pontos principais, que tens de
“apanhar” se queres verdadeiramente mudar as coisas, tal como dizes.
Portanto
di-lo-ei outra vez: As diferenças entre as culturas humanas e as culturas
altamente evoluídas são que os seres altamente evoluídos:
1.
Observam totalmente;
2.
Comunicam com verdade.
Vêem
“O que funciona” e dizem “O que é assim”.
Esta é outra mudança minúscula, mas profunda, que melhoraria incomensuravelmente
a vida no vosso planeta.
E
não é, a propósito, uma questão de
moral. Não existem “imperativos morais” numa sociedade de SAE, e esse seria um
conceito tão intrigante quanto a mentira. É simplesmente uma questão do que é funcional, do que traz benefícios.
Neale Donald Walsch, Conversas com Deus – Livro 3,
Sinais de Fogo – Publicações, L.da, Lisboa, 2012 (8.ª edição), págs. 401-404
Sinais de Fogo – Publicações, L.da, Lisboa, 2012 (8.ª edição), págs. 401-404
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
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