quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O que é que faz a diferença?

Excerto da introdução de um livro antigo (Alves, José Matias (1995). Práticas Pedagógicas nas Organizações Escolares. Porto: ASA)

Já no caderno anterior formulávamos a interrogação: O que é que faz a diferença? O que leva uma organização escolar, em contextos e com recursos idênticos (ou mesmos em contextos adversos e com escassez de recursos), a proporcionar melho­res processos e resultados educativos aos alunos? O que é que mobiliza um profes­sor para uma acção educativa inovadora, enquanto outro, trabalhando no mesmo sis­tema e na mesma organização, perpetua a rotina e evidencia um descompromisso radical em relação à "profissão"? Quais as variáveis desse meso-sistema que é a escola que mais interferem na construção de uma melhor educação para a generali­dade dos alunos? Porque é que os alunos gostam de frequentar determinada escola e aí obtêm o sucesso educativo e detestam e são insucedidos noutra?

Tantas questões, tantos enigmas. E, no entanto, é possível formular algumas hipóte­ses que poderão orientar uma práxis que contribua para aumentar a consciência das realidades educativas e organizacionais e desta forma, com este saber de profissio­nal crítico e reflexivo, poderemos ter nas nossas mãos a construção da escola que faz a diferença (ou pelo menos poderemos dar um sentido estratégico à nossa acção política e social e às reivindicações docentes).

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José Matias Alves (Blogue Terrear)

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