quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Luz ao fundo do túnel? (2)

Educação

Ministra valoriza tempo para corrigir trabalho dos alunos

20.01.2010 - 18:00 Por Lusa

A ministra da Educação, Isabel Alçada, reconheceu hoje que os professores precisam de tempo para corrigir o trabalho dos alunos, considerando tratar-se de uma tarefa fundamental para a qualidade da aprendizagem.

Questionada pelos jornalistas sobre as matérias em discussão com os sindicatos, nomeadamente os horários de trabalho e as tarefas dos docentes, a ministra afirmou não haver “questões problemáticas” em cima da mesa.

“Estamos a analisar os pontos de vista das organizações (sindicais), como aliás tinha ficado previsto nas outras negociações que levaram ao acordo sobre o estatuto e a avaliação dos professores”, disse a governante, à margem da cerimónia de apresentação da publicação “50 Anos de Estatística na Educação”, no Instituto Nacional de Estatística, em Lisboa.

Sobre as queixas dos professores ― de estarem sobrecarregados com tarefas não lectivas ― Isabel Alçada referiu que os professores manifestam por vezes a necessidade de terem tempo para preparar o seu trabalho e corrigir o trabalho dos alunos.

“Na verdade, a correcção dos trabalhos dos alunos é essencial para o progresso e para que cada aluno possa verificar em que estado está, as coisas que ainda não domina e ir mais longe no seu processo de aprendizagem”, declarou.

“Nós reconhecemos que é preciso que um professor que tem geralmente uma turma de vinte e tal alunos possa ter tempo para os corrigir. Temos de ver isso no quadro do que é regulamentado e também no quadro daquilo que é a acção das direcções das escolas, das equipas das escolas”, admitiu, frisando tratar-se de uma questão em que “não há rigidez na análise”.

Segundo a ministra, o ministério tem também em conta “a necessidade de tempo individual, de trabalho individual do professor”.

Neste sentido, pode haver alterações “sobretudo na forma como é entendido o horário do professor”, indicou.

“Muitas vezes tem-se criado situações em que há muito trabalho na escola, muita ocupação de tempo em reuniões por assuntos que os professores sentem que precisam de analisar em conjunto para chegar a conclusões de equipa e nós tenderemos, no Ministério da Educação, a fazer um aconselhamento e uma regulamentação que seja absolutamente desburocratizadora”, garantiu.

PÚBLICO

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