Em Portugal, o ano de 2009, com o seu triplo momento eleitoral (europeu, autárquico e legislativo) em contexto de crise aguda, é ainda uma enorme incógnita. Continuamos hoje a enfrentar os mesmos problemas de há dez, 15 anos: deficiências gravíssimas de qualificação, múltiplas fragilidades no domínio da competitividade, desvitalização da nossa democracia, pobreza persistente e muitas desigualdades. Alguns destes problemas põem- -se, é certo, numa escala e em contextos diferentes, mas não se alteraram quanto à sua natureza e causas mais profundas.
Um ano eleitoral como o que aí vem é um ano de incontornável balanço. E deste ponto de vista, há no essencial duas tendências que neste momento parecem já estar bem identificadas e consolidadas: uma parte importante da direita está contente demais com o Governo do PS para arriscar outras apostas. E uma parte significativa da esquerda está zangada demais com o Governo do PS para não as arriscar.
Fonte: Diário de Notícias
Este é um espaço onde poderei dar conta das minhas reflexões, alegrias, inquietações e também das minhas indignações. Deixo claro que não hipotequei a minha liberdade a nenhum partido político. Tal como escreveu o ilustre escritor Miguel Torga, meu comprovinciano, «Não posso ter outro partido senão o da liberdade»...
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