A assinalar o início do ano lectivo, cerca de 20 membros do Governo distribuíram em escolas diplomas do 12.º ano, numa operação de propaganda sem precedentes; e o Ministério da Educação (ME) reafirmou o seu desejo de premiar com 500 euros o melhor aluno de cada estabelecimento de ensino. Compreende-se a preocupação dos governantes. Todos sabemos que o descontentamento da maioria dos professores, expresso na impressionante manifestação no final do ano passado, continua presente em muitos docentes e é responsável por sucessivas manifestações de descrença na escola pública, apesar das declarações opostas dos responsáveis ministeriais: por isso era agora crucial demonstrar o sucesso do trabalho feito, através da divulgação de melhores resultados ou pelo anúncio de vários benefícios para as escolas.
Este é um espaço onde poderei dar conta das minhas reflexões, alegrias, inquietações e também das minhas indignações. Deixo claro que não hipotequei a minha liberdade a nenhum partido político. Tal como escreveu o ilustre escritor Miguel Torga, meu comprovinciano, «Não posso ter outro partido senão o da liberdade»...
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
«E chamam a isto "educar"...»
Crónica de Daniel Sampaio, na revista PÚBLICA, suplemento do jornal PÚBLICO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário